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Decepção

Por: Luiz Carlos Prates

12/04/2018 - 12:04 - Atualizada em: 14/05/2018 - 14:17

Faz alguns minutos, estava mal, psicologicamente mal… Um mal que me vinha dos pensamentos. E você sabe que não podemos sentir qualquer mal-estar que não nos venha dos pensamentos. Sem pensamentos não há dor, de nenhum tipo. Meu mal -estar vinha de pensamentos que me têm fustigado a paz nos últimos dias, tudo porque… Caí das nuvens diante de uma pessoa a quem eu admirava muito, muito mesmo, pessoa a quem eu dedicava não apenas admiração, mas o melhor dos meus afetos de amigo. A mim, pessoal e diretamente, a pessoa nada fez, mas não é preciso que a bomba caia sobre nossa cabeça para que dela tenhamos ideia dos seus males… Não vou abrir mais o leque, dizer de quem se trata, digo apenas que é um homem, figura “importante”… E vou me aproveitar do fato para reviver algumas ideias.

E a primeira ideia é essa: quanto mais pensamos ou lembramos de alguma coisa ruim mais essa coisa nos vai fazer mal. – “Ah, Prates, mas há certas coisas que não podemos tirar da cabeça, apagar como quem apaga um quadro-negro…”. Pura verdade, mas… Um bom esforço para não ficar remoendo a coisa podemos, sim, podemos fazer. E eu digo isso lembrando do cidadão de quem contei da minha decepção…

Mas, também é verdade que acabei de reler trechos sublinhados de um livro que li por estes dias e que já o estou encaminhando para o descarte, para o lixo, já o li suficientes vezes. Parei de dar livros…

O livro é de Bernie Siegel, sou fã do cara, médico/ cirurgião americano dos bons, top de linha. Ele diz no livro “A Arte de Curar – Histórias reais e práticas criativas de autocura para uma vida melhor” que palavras podem matar ou curar. O modo como você percebe as coisas determina a maneira como elas o influenciam. E é bom lembrar que pensamentos se tornam palavras pronunciadas.

Encurtando a conversa, é a velha história, o que pensamos acabamos por verbalizar, mais cedo ou mais tarde; e o que pensamos e dizemos fazem a nossa vida, para o bem ou o mal. Ou por que você acha que há tanta gente rangendo dentes na vida? Pensamentos ruins, autodepreciativos, baixa autoestima, prognósticos de fracasso, pessimismo, inseguranças, enfim. Mas tudo isso pode ser mudado, mudando-se o pensamento e logo depois o falar. Fácil? Tão fácil quanto ganhar na Mega Sena. É muito triste uma grande decepção com quem você tanto admirava… Bah!

Laçaço

Ouça esta manchete de um jornal de São Paulo: – “Curso ensina quem está no Bolsa Família a economizar”. Perda de tempo. O cara que está no Bolsa Família sabe por que está lá, claro que sabe. Ademais, ninguém ensina ninguém a economizar. Economizar é como comer, não se ensina, sabe-se… O resto é malandragem, vadiagem, acomodação. Mando longe o imbecil que me vem ao carro no semáforo pedir esmola: – Dá uma moeda aí, “doutor”! Dou-te um laçaço, isso sim, vadio!

Pergunta

Se você tiver mais de 50 anos e procurando por trabalho, prepare-se para ouvir esta pergunta do RH da empresa: – “Você tem gás? Não está pensando em aposentadoria”? Todos os que sabem do valor do trabalho na vida e procuram fazer o de que de fato gostam, sempre têm gás, muito gás. Os outros só querem o salário…

Falta dizer

Numa entrevista ao Pedro Bial, o escritor Paulo Coelho disse que “você nunca fará sucesso se não tiver ninguém contra você”. Sutil. Mas faz sentido, quem faz sucesso tem talento e quem não tem talento não tem inimigos. Então, é bom sinal ter “inimigos”, ou seriam invejosos?

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.