Chegou-se ao ponto de a igreja impedir pessoas de entrar nas missas vestindo bermudas, camisetas e chinelos…

Por: Luiz Carlos Prates

11/10/2017 - 10:10 - Atualizada em: 14/05/2018 - 14:37

Ah, Prates, manda esse padre se coçar num cacto”!… Não, não mando, o padre tem toda a razão. O tal padre é mineiro, deu uma entrevista a um jornal de São Paulo e contou poucas e boas do comportamento de pessoas, ditas fieis, dentro da igreja, nas missas e casamentos.

Vou resumir algumas frases do padre, cujo nome omito de propósito. O padre se diz incomodado com pessoas que vão de bermuda e chinelo às missas, falam no celular o tempo todo e exibem bustos e costas em decotes exuberantes… (Que vadios e vadias, digo eu daqui).

O padre contou que já se sentiu constrangido com pessoas usando decotes excessivamente ousados. (Eu imagino…) E diz mais, “Temos pedido aqui na igreja para que os noivos conversem com seus padrinhos e convidados para virem vestidos de forma que respeitem a virtude do pudor”…

Chegou-se ao ponto de a igreja ter seguranças a impedir pessoas de entrar nas missas vestindo bermudas, camisetas e chinelos… Pode isso? Com os toscos tudo é possível. Imagine esses tipos em casa, com suas mulheres ou maridos, são daqueles que deixam a porta do banheiro aberta…

E vale dizer, ajudando o padre em seus protestos, que em nenhum lugar do mundo a igreja é tão desrespeitada nas roupas que eles e elas se atrevem a vestir como no Brasil. Coisa típica de povo tosco. Uma assanhada diz que o padre é um chato, que ele implica com tudo, com o decote, com os ombros, com as costas…

O padre está coberto de razão e é bom relembrar que as roupas que jogamos por sobre o corpo nos revelam. Quando uma pessoa abre o roupeiro para escolher a roupa com que vai sair, ali está se revelando, sem desculpas. Junte-se a isso, a fala pobre; com certeza, quem se veste mal para um compromisso social é também um pobre de cabeça. A pobreza pode não ser financeira, mas será a pior das pobrezas: a da cabeça. E roupas de grife não têm nada a ver com elegância ou educação. São apenas etiquetas. Enfim, nos revelamos por todos os poros; agora, convenhamos, ir à missa ou a um casamento como molambentos existenciais revela o gosto das pessoas, um gosto bem afinado com suas cabeças pobres. Aplausos, padre!

Mulher 

Na Malas.Sim, é contigo mesmo que quero falar! Não me venhas com a história de que não precisas trabalhar, pensar no futuro, fazer poupança, só porque te consideras bem casada. O que é ser bem casada? Cuidado, muitíssimas mulheres já caíram desse pau podre, pensavam que estavam numa boa e de repente o bacana, o grande amor, arrumou outra. Abre o olho. Cria teu futuro, tua segurança.

Falta dizer 

Não sei se ela é casada, separada ou desesperançada, só sei que ela disse na TV uma baita verdade. Disse que “Não há amor que resista a problemas financeiros”. E eu digo daqui – dinheiro no casamento é mais importante que sexo… Muito mais.

Notícias no celular

Whatsapp

Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.