Linhas tortas – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

21/05/2024 - 06:05

A sorte na vida, não raro, nos chega pela porta dos fundos, quando um pouco antes tínhamos pensado que a nossa história havia chegado ao fim… São incontáveis os exemplos de pessoas que depois de um tombo, um tombo daqueles de rachar os beiços, quebrar os dentes e gemer muito, levantaram-se, bateram a poeira, olharam para os lados e pensaram… A saída era parar de gemer, arregaçar as mangas e desafiar a sorte macabra… Digo isso pensando nas tantas e tantas pessoas, famílias gaúchas que perderam tudo o que tinham. Tinham pouco, a casinha, os móveis, os confortinhos mínimos, mas seus patrimônios. Tudo por água abaixo. Pessoas, todavia, que não vendo outra saída já estão no campo de jogo da vida para jogar o jogo da vitória. E sabes mais? Vão vencer. Vão vencer e mais adiante, olhando para trás, vão dizer a si mesmas: De fato, Deus escreve certo por linhas tortas! Já disse aqui e nos comentários que faço pelas rádios catarinenses que o verbo desistir é muito fácil de conjugar, mas ele é um baita mau-caráter. Bem melhor é o verbo lutar, esse não leva ninguém para compadre, pôr uma aliança no dedo com ele é celebrar a vitória, ela virá… Já me vi muitas vezes num atoleiro de vários tipos, atoleiro daqueles de tirar o sono. Não havia saída, era lutar e crer ou puxar as cortinas, encerrar o “espetáculo”. Coloquei a “pasta” debaixo do braço e saí da toca familiar para o combate inevitável. Sempre deu certo, certo até acima das expectativas. Mas fique claro, as lutas sempre foram dentro do meu cercado, ninguém pode esperar bom resultado atirando para todos os lados. Temos que ter os nossos trilhos, e todos temos, ainda que muitos digam que não. Muitas famílias gaúchas, tenho certeza, daqui a pouco vão olhar para trás e não digo abençoar as enchentes, mas revê-las como parceiras disfarçadas. Muitas vezes nossos tropeços, ou leves desequilíbrios, não passam de avisos que a boa sorte futura nos manda. Aliás, dizendo isso, quase me esqueço de dizer que é exatamente por essas verdades que nos cercam a vida que alguém um dia, muito inspirado, disse a verdade sacrossanta, a que coloca a Esperança no trono, dizendo que ela é a última que morre. Não esqueçamos disso…

ESCOLAS

Sem essa de diversidades em escolas. Todos ou com o cabelo preso ou cortado. Sem essa também de guris com cabelos coloridos, o carnaval é em fevereiro. E sem esquecer, todas as escolas têm que ter agentes de segurança nos pátios. Pessoas devidamente identificadas. Se alguém tentar uma provocação, um bullying, esse sujeito, ele ou ela, tem que ser pegado na hora, suspenso ou expulso do colégio. Ou isso ou vamos continuar no atoleiro chamado Brasil.

REAÇÃO

Dizem que o mal se corta pela raiz. Não é o que acontece no Brasil, aqui se deixa o “mal” crescer para depois os hipócritas aparecerem com soluções “políticas”. Florianópolis, por exemplo, está tomada por vadios, desocupados de rua, chamados pelos beatos de “moradores em situação de rua”. Esses caras têm que ser tirados de circulação, de um modo ou de outro. Vale, é claro, para todas as nossas cidades. A vadiagem se corta pela raiz…

FALTA DIZER

Fato. Cidadão idoso, cheio de títulos e de diplomas na parede morreu. Amigos dizem que foi por complicações de uma gripe. Espere. Gripe? Mas então o cidadão, muito bem informado, não tomou a vacina? Engraçado, disso os amigos não falam, não falaram. Vacina, compadres! Depois será tarde…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.