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Liderança questionada – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

06/06/2024 - 06:06

 

Transcorridos um ano e meio do governo Lula e um pouco menos de Décio Lima à frente da poderosa estrutura do Sebrae nacional, com seu orçamento bilionário, observamos algumas questões. Apesar das atividades realizadas por Décio Lima, que abrangem todo o país, petistas em conversas reservadas questionam a efetividade da presença dele diante do Sebrae. Até que ponto essa liderança beneficia o PT catarinense, considerando seus projetos eleitorais, as eleições municipais desse ano e o pleito majoritário de 2026?

No início desta semana, Décio Lima esteve reunido para discutir a liberação de recursos de crédito, mas não se sabe até que ponto esses encontros proporcionarão resultados efetivos. Rendem notícias, fotos e posts, mas lá na ponta, dará retorno político?

A preocupação dos petistas estaduais é grande, pois o governador Jorginho Mello, por exemplo, tem comandado o PL com firmeza e sua administração tem tido boa performance, reforçando o partido para as eleições de outubro, que serão uma prévia de 2026.

 

Estrutura vermelha

Por outro lado, a atuação de Décio Lima no Sebrae não parece ter fortalecido o PT em Santa Catarina. Mesmo com uma reunião marcada para Caçador, a ação tem sido esporádica e o partido está à deriva. Pelo menos é o que transparece.

 

Musculatura

A preocupação converge para o número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores a serem eleitos. Sem perspectiva eleitoral, muitos dos 20 maiores municípios catarinenses sequer terão candidatos pelo PT.

 

Projeções

Os cálculos mais otimistas apontam para, no máximo, duas dezenas de prefeitos, o que é muito pouco para um partido que pela primeira vez chegou ao segundo turno de uma eleição estadual, mesmo que com apenas 30% dos votos válidos no segundo turno.

 

Proximidade

Décio Lima tem um cargo importante e proximidade com o presidente da República, mas a presença financeira da União em território catarinense, principalmente na área de rodovias, acaba capitalizando mais o MDB do que o próprio PT. No Grande Oeste catarinense, que reúne quase 100 municípios, PT e MDB são adversários.

 

Alas

A insatisfação é clara entre os petistas, especialmente fora do grupo liderado por Décio Lima. Se ele não conseguir recuperar o tempo perdido e articular melhor o partido nesta reta final de pré-campanha, o movimento por uma renovação partidária pode ganhar força, buscando eleger um novo presidente para o PT catarinense.

 

Espaço

Resta saber se Décio Lima abrirá espaço para outra liderança ou se disputará pela terceira vez consecutiva o governo do estado. Só o tempo dirá.

 

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