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Levantem a mão – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

22/03/2024 - 07:03

Seu eu pedisse que levantasse mão quem discorda, bah, não teria tempo para contar as tantas mãos levantadas. Já vou dizer da questão. Antes, apenas lembrar que é muito difícil fazer as pessoas admitirem suas insanidades, não quero dizer loucuras, suas infantilidades, suas tolices. Todos explicarão por A+B que estão certas, ô…! Se o que vou transcrever a seguir fosse coisa da minha cabeça, não faltariam mãos levantadas para dizer que estou fora da casinha ou que sou um titio… O que vou repassar vem de longe, vem de Roma, vem de um cara simpático, um sujeito que tenta vencer milenares safadezas religiosas. Vou falar de uma declaração do Papa, isso mesmo, do Chico, o papa Francisco. Ele disse, dia destes, que – “Por favor, renunciem às armadilhas mundanas das redes sociais. Estamos num mundo em que tudo, inclusive nossas emoções e sentimentos mais profundos, precisa se tornar social. Sugiro reflexão interior e orações silenciosas”. Bah, na mosca, um abração pro Chico! Penso que a leitora, o leitor, notou que o papa falou em orações “silenciosas”. Concordo da cabeça aos sapatos, orações barulhentas, sinos tocando, religiosidade ostensiva são coisas típicas dos hipócritas, dos que não crêem em nada, mas arrotam alto, fingem-se crentes. Se for feita uma pesquisa na saída de uma missa, as pessoas vão ver que raríssimos sabem o que é Quaresma, sabem o que é Domingo de Ramos, sabem nada, sabem do coelhinho da páscoa, e olhe lá. O papa sabe das loucuras geradas pelas redes sociais, uma rede onde as pessoas precisam mentir, contar vantagens, posar, enfim, de pessoas bem-sucedidas quando, na verdade, são pessoas em silenciosos desesperos. O papa sabe disso, o conselho que ele passa é correto, conselho que tinha que ser dado pelos pais às crianças, aos adolescentes, mas como fazer isso se os pais são os primeiros a mandar e receber mensagens safadas, opa, quis dizer mensagens perturbadoras emocionais. Não tem cabimento, por exemplo, a onda de suicídio de jovens, maior parte de jovens de família da classe média para cima… Não é estranho? Nada de estranho, coerente, isso sim. Não vejo nem ouço “influencers” de leituras, discussão sobre livros, sobre qualificações pessoais, sobre comportamentos a conduzir a pessoa ao sucesso. Nada disso. A moda é fazer barulho, barulhos dos vazios interiores. “Chico”, perdeste tempo!

SAÚDE

Gratidão é reconhecimento à vida por todas as nossas felicidades. E essa felicidade começa pela saúde. É preciso sermos gratos à vida pela nossa saúde, mas essa saúde necessita de cuidados, sem neuroses. Cuidados que começam pela alimentação, pelos modestos e diários exercícios físicos, enfim… Ninguém é ingênuo para não saber disso. Logo, não se justificam muitas mortes “imaturas” como vemos todos os dias. Já falo mais…

VIDA

Nossa saúde é a nossa maior ou única riqueza. Dinheiro no banco é bom, mas não afasta a “bruxa da foice” de uma talhada repentina. Como disse, diariamente vemos ou sabemos de pessoas jovens morrendo por saúde comprometida. O corpo manda sinais, não existe morte no corpo físico sem sinais anteriores. Ou o sujeito negligenciou, fingiu não ver ou foi estúpido mesmo. Não existe ataque cardíaco, por exemplo, sem um longo caminho antes percorrido… Acordemos, para evitar “missas” antes do tempo…

FALTA DIZER

Tudo é possível ao que crê… Tenho nos meus arquivos várias histórias de jovens muito pobres, estudantes de colégios públicos e… Excelências em notas e comportamentos. De outro lado, conheço jovens de colégio privados, caríssimos, verdadeiros trastes humanos. Não é preciso cotas para os bons, basta-lhes o poder do querer…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.