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Jorginho em Brasília – Claudio Prisco Paraíso

Por: Claudio Prisco Paraíso

31/07/2025 - 06:07 - Atualizada em: 31/07/2025 - 10:03

 

O governador Jorginho Mello passou a terça-feira em Brasília, despachando na Secretaria Executiva da Articulação Nacional. A justificativa oficial é simples: havia assuntos pendentes após viagens recentes. Entre os temas, tratou da homenagem que o Senado fará à representação catarinense na capital federal – denominação usada por 30 anos até ser trocada nas últimas duas décadas.

Mas convenhamos: ninguém passa um dia inteiro em Brasília apenas com despachos e agenda cerimonial.

 

Conversa com Bolsonaro

Em meio a esse cenário, é praticamente certo que Jorginho tenha se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ainda mais depois da declaração feita no fim de semana, quando disse que não há acordo para a candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina.

Foi, muito provavelmente, um encontro para alinhar discursos e acertar os ponteiros, afinal, esse tema está em ebulição dentro do campo conservador.

 

Reunião esvaziada

Curioso é que Jorginho retornou ainda na noite de terça e não ficou para a reunião convocada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin com os governadores. E fez muito bem.

A reunião, promovida por um governo inoperante, não traria resultado prático algum. Qual o sentido de sentar à mesa com um vice-presidente que não decide nada? Lula não conversa nem com o empresariado, quanto mais com governadores.

A propósito, a rodada de Alckmin com os governadores acabou cancelada por falta de quórum.

 

Tarifaço e descaso diplomático

Enquanto o Brasil enfrenta o impacto do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, o que faz a diplomacia lulista? Nada. O governo brasileiro demorou mais de 15 dias para reagir. A embaixadora só se mexeu quando tudo já estava consumado.

O chanceler Mauro Vieira foi passar férias na Croácia e na Irlanda, porque recebeu sinal verde de que o Planalto não tinha interesse em negociar. Agora, às pressas, Haddad e Vieira tentam posar de articuladores em Nova Iorque, oferecendo “diálogo” quando o estrago já está feito.

 

Provocação aos EUA

Lula, por sua vez, preferiu desafiar Donald Trump publicamente desde 2023. Em vez de buscar pontes, optou pela provocação. Resultado: Trump venceu, a Casa Branca fechou as portas, e o Brasil virou alvo do retaliação econômica.

Não é só incompetência. É estratégia de confronto para tentar sobreviver politicamente.

 

Efeitos das arbitrariedades

As atitudes autoritárias do ministro Alexandre de Moraes também contribuíram para esse cenário. A escalada contra a liberdade de expressão e a perseguição a empresas e cidadãos americanos apenas agravaram a relação. O recado dos EUA é claro: basta!

 

Narrativa nacionalista

Lula tenta transformar o problema em narrativa eleitoral. Quer posar de defensor da soberania nacional contra o “imperialismo americano”. Acredita que esse discurso possa salvá-lo em 2026.

Mas esquece que, na prática, o eleitor brasileiro vota com a barriga e o bolso. E os dois estão vazios.

 

Fim de linha

O resultado é um governo enfraquecido, isolado e sem capacidade de reação. O tarifaço foi só a ponta do iceberg. Os próximos meses vão mostrar ainda mais claramente que Lula perdeu o rumo e que a sociedade está cansada de bravata ideológica.

O projeto de reeleição do PT está em frangalhos. E quem paga a conta é o país.

 

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