A esquerda do amor ataca novamente: a vítima da vez é a cantora e influenciadora carioca Jojo Todynho, conhecida nacionalmente pelo hit “Que tiro foi esse?”, por sua atitude irreverente e desbocada e por ter vencido a edição de 2020 do reality show A Fazenda, da Record. O motivo dos ataques da esquerda do amor contra Jojo é simples: a cantora anunciou apoio ao candidato do PL à prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem, e tirou uma foto com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Foi o suficiente para que Jojo, uma mulher preta, passasse a sofrer ataques racistas virulentos justamente da turma que diz defender minorias oprimidas, direitos humanos e democracia. “Sua macaca filha da puta, você e aquela velha maluca da sua avó têm que morrer, se eu pudesse, passaria com o carro sobre a cabeça de vocês, suas desgraçadas. Você não representa o movimento preto, feia”, dizia uma das mensagens de ódio que Jojo recebeu. Bastou ela fazer algo fora da cartilha esquerdista para ser cancelada por aqueles que pregam tolerância, diversidade e apoio às minorias.
A resposta de Jojo veio rápido, por meio de uma live em suas redes sociais, onde ela tem mais de 30 milhões de seguidores. “Sou preta sim, e sou de direita. Sabe como eu tô me sentindo? Livre! Não aguentava mais não poder falar”, disse, aliviada, e ainda aproveitou para criticar o presidente Lula: “Vocês acham que é normal uma pessoa vir a público e falar: ‘Não, mas ele roubou para tomar uma cervejinha’. Um celular que você parcelou vai ser roubado e você ficará sem ele. Eu acho um absurdo termos que andar de carro blindado, meu carro é blindado, mas acho um absurdo porque não temos segurança pública”, disparou.
Os ataques da esquerda lacradora a Jojo Todynho expõem, mais uma vez, a farsa do progressismo identitário e do movimento woke, que veem o mundo dividido entre dois grandes grupos: opressores e oprimidos. Contudo, quem é oprimido não é quem de fato sofre opressão, mas quem a esquerda identitária escolhe como oprimido do momento, de acordo com conveniências políticas e ideológicas. O critério para definir alguém como opressor não é a responsabilidade por um ato de opressão, mas é identitário: é sempre o homem branco, hétero, cis e cristão. Se for evangélico, pior ainda.
É só ver o que aconteceu com Jojo: ao mesmo tempo em que a esquerda identitária diz que existe um racismo estrutural que oprime todos os negros, e que todas as pessoas brancas são opressoras e responsáveis pelo racismo, Jojo, uma mulher preta, subitamente deixou de ser oprimida e passou a ser vista como opressora, simplesmente por se declarar de direita. A lógica do movimento identitário é tão absurda que os grupos minoritários que eles dizem defender só merecem proteção e acolhimento se seguirem, obedientemente, a cartilha progressista. Se alguém se desvia do rebanho, deve ser sacrificado no altar do cancelamento.
Um exemplo disso foram os ataques que Jojo recebeu da deputada federal Erika Hilton, uma das primeiras mulheres trans eleitas para a Câmara dos Deputados e conhecida por sua militância progressista. “Chamei ela de traidora porque é o que ela é”, disse a deputada, afirmando que Jojo usou a agenda e a pauta LGBT para se promover e ganhar fama. Jojo, como sempre, não deixou barato e respondeu à altura: “Uma tal de Hilton colocou assim: ‘Traidora. Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor’. Então, a sua educação não foi libertadora. Porque você está querendo me oprimir. Como você quer me chamar de opressora se quer oprimir minha opinião?”.
Jojo ainda expôs a hipocrisia da esquerda lacradora, que diz ser tolerante e pregar a diversidade, mas que, na prática, não consegue tolerar diferentes visões políticas. Como ela bem disse: “Educação você também não tem, porque educação é respeitar a opinião dos outros. Educação é se colocar no lugar do outro. Você, como uma mulher trans e negra, não tem respeito? Mas você gosta de cobrar respeito. Porque você é a primeira a fazer o discurso: ‘Não tolerarei’. Então, eu também não tolerarei!”, disse Jojo, expressando o sentimento de milhões de brasileiros que não suportam mais a hipocrisia de uma esquerda que se diz do amor, mas que é puro ódio.