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Jogar fora as correntes – Luiz Carlos Prates

Por: Pelo Estado

09/08/2023 - 06:08

Dia destes vi uma postagem de um gatinho que miava desesperado querendo sair do lugar em que se encontrava, miava, miava e nada… Até que apareceu alguém e disse para o gatinho parar de miar, o portão ao lado dele estava aberto. O gatinho tinha se fixado nas grades e não via que o portão ao lado estava aberto. Fofurinha de Instragram? Pode ser. Mas fiquei pensando, nós somos muito parecidos com aquele gatinho. A sabedoria milenar nos lembra que – “Nascemos livres, mas em todos os lugares estamos acorrentados”. Nossas “correntes” costumam ser mais fortes que as correntes convencionais. Somos acorrentados à nossa infância, não há como escapar. Os que nos criaram nos passaram seus valores, seus ranços e, vá lá, suas eventuais qualidades. Somos “acorrentados” ao nosso passado, somos acorrentados doentiamente a medos futuros ou a desejos irreais. Ninguém escapa. Somos acorrentados a pessoas que “pensamos” amar, pessoas que vivem ao nosso lado, casadas ou não… Buscamos, por nós mesmos, “correntes” para ignóbeis partidos políticos ou credos religiosos. A verdadeira, a única religião devia ser a nossa paz interior numa vivência de plenitude espiritual com os nossos melhores e reconhecidos valores, mas… Raríssimos são “acorrentados” a esse estilo de vida, a maioria procura correntes fora de si, correntes que outros lhes põem. Como imaginar uma corrente mais escravagista? Apegos de todo e qualquer tipo são correntes que prendemos ao pescoço de nossas vidas. Podíamos ser livres, desde que vivendo dentro das “correntes” da decência, da educação moral e cívica. Mas essas correntes não nos prendem, pelo contrário, nos libertam; o mais sim é dependência danosa. Quer dizer, temos nossos direitos assegurados tanto pela “lei” convencional quanto pelos ditames que não queremos ouvir do fundo de nossa alma. Essa voz interior não queremos ouvir, recalcitramos em nos prender às correntes das vulgaridades, das modas, das redes sociais, do que os outros nos dizem termos que fazer. Fazer para não parecer fora do pacote, do pacote dos ridículos, o pacote dos quitutes mais comuns que nos andam oferecendo por aí ou… Ou nós, sem pudor, andamos tentando passar aos outros. Ser livre é muito fácil, mas é preciso, antes, jogar as correntes dos inconvenientes fora…

PROBLEMAS

Acabo de ouvir numa tevê uma oftalmologista. Ela falava do preocupante número de casos de crianças e adolescentes com problemas visuais. Nada de surpreendente. A causa mais imediata é o uso neurótico e fora de controle dos celulares. Adianta dizer? Claro que não, os jovens “não o“não ouvem” e os papais e mamães são os idiotas mais imediatos como responsáveis. Depois vão querer consultas e óculos de graça? Santo Deus, que momento de estupidez coletiva, que momento!

RECEITA

Profissionais da saúde visual, os top de linha, quando consultados sobre problemas oculares em crianças e adolescentes dizem aos pais desses encrencados que até aos dois anos crianças têm que ignorar celulares ou telas brilhantes. E depois disso, até aos 18 anos, por aí, no máximo três horas de telas acesas diante dos olhos. Amigos, vamos tomar um sorvete, deixem de perder seus tempos preciosos! Pais e filhos não lhes vão ouvir. Danem-se!

FALTA DIZER

Ela é linda. Tem 52 anos, Excelente atriz de novelas, educada, de sacudir o coreto, mas… Anda depressiva. Ela mesma se dizendo sem graça, vida embotada, presa em casa, não vendo graça em nada. Razão? Ela diz que é a falta de trabalho que a está derrubando. A velha história, não devemos amarrar a nossa vida num “galho” só. Seja ele qual for… Temos que ter plurais na vida.

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