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João disse não a Jair Bolsonaro – Claudio Prisco Paraíso

Por: Claudio Prisco Paraíso

11/07/2025 - 06:07

Só agora vazou uma conversa de Jair Bolsonaro com João Rodrigues em 2023, em Brasília. O ex-presidente, já lambendo as feridas pela derrota eleitoral, e João Rodrigues se preparando para a reeleição do ano passado.
Vale lembrar que João e Bolsonaro foram deputados juntos em Brasília, sempre tricotando com muita desenvoltura. Naquela oportunidade, Jair Bolsonaro propôs a João Rodrigues que viesse para o PL, desfiliando-se do PSD, partido que tem três ministérios neste desastre mundial sob Lula III, para fazer uma dobradinha com Jorginho Mello em 2026. Evidentemente, o atual governador, ao natural, concorrendo à reeleição, e ele, João Rodrigues, a uma vaga ao Senado. Mas alistado nas fileiras do Partido Liberal.
Um contexto em que o chapecoense nascido em Nonoai teria a perspectiva de vir a ser o nome ao governo em 2030. Essa conversa foi presenciada pelo atual senador Jorge Seif. A resposta de João Rodrigues?

Nada feito

“Não, eu continuo no PSD e lá na frente, diante do enfraquecimento político de Jorginho Mello”, que, na visão de Rodrigues, tinha tudo para realizar uma administração frustrante, “eu concorro ao governo, mas pelo PSD.”

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Cheio de si

Foi uma reação cheia de autoconfiança de João Rodrigues, e que hoje deixa Jair Bolsonaro sem compromisso maior com ele. Lavou as mãos.

Câmara Alta

Até porque, já a partir de 2023, o ex-presidente começou aquele discurso de eleição do maior número possível de senadores. Desde que filiados ao PL e com alguns aliados do Republicanos aqui, do PP ali, mas, sobretudo, do PL.

Recado

Bolsonaro, inclusive, recentemente, na Paulista, falou, mesmo inelegível, mesmo não disputando a Presidência: “Me deem 50% da Câmara e do Senado, que, a partir de 2027, faremos as mudanças.”

Adversário

Como João ficou na dele e hoje se apresenta como pré-candidato concorrente de Jorginho, que pilota o PL catarinense, Jair Bolsonaro recorreu ao próprio filho, Carlos, para disputar em Santa Catarina.

Perseguição

Só que, tudo leva a crer que tanto Carlos quanto Eduardo, filhos 02 e 03, respectivamente, no andamento dos inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal, estarão inelegíveis.
Na outra ponta, João Rodrigues hoje está num projeto absolutamente solo. Isolamento absoluto. Nem o PSD inteiro ele tem.

Partidos

O Podemos está praticamente fechado com o governador. A legenda, comandada por Paulinha da Silva, já foi para o lado de Jorginho Mello. O Republicanos é aliado de primeira hora, o MDB e o PP também. Este último entra no contexto da federação com a União Brasil, batizada de União Progressista. O PSDB vai a reboque.

Rachado

Observa-se o enorme contraste. João Rodrigues, reitere-se, não tem sequer o PSD inteiro. Porque se o PSD não for para o lado de Jorginho, o prefeito da principal cidade administrada pelos pessedistas, Topázio Silveira Neto, de Florianópolis, ou vai para o MDB ou vai para o Republicanos, podendo ou não compor chapa com Jorginho Mello na disputa sucessória estadual como vice.

Claudicando

Mas a situação é para lá de periclitante para João Rodrigues, que, depois da gravação de um vídeo no domingo retrasado, atacando jornalistas, o governo e tantos outros, desapareceu, sumiu, escafedeu-se, submergiu. A repercussão foi péssima e ele saiu do ar. Está há dez dias sem dar uma declaração ou fazer um movimento político.

Fora do ar

Até da prefeitura de Chapecó ele se licenciou. Pelo visto, a sua estratégia de sair com dois anos de antecedência como pré-candidato pode estar fadando o seu projeto ao fracasso absoluto. Erro de cálculo que poderá custar muito caro ao pessedista.

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