Sempre segui a recomendação de Albert Einstein, de que “cabeça é para criar, não para memorizar”. Sim, ele dizia ser desperdício cognitivo querer se lembrar de cabeça, compromissos assumidos. Para isso, lembrava ele … existem papéis e agendas.
Pois bem !!!
Como é de meu feitio, desde que “me conheço como gente” (como dizia, minha saudosa mãe DIDA, “Manezinha da Ilha”), sempre registrei em minhas agendas – tanto em papel como, desde que surgiu o celular, em sua telinha – todos os compromissos – e de toda ordem (profissional, particular, familiar e social) – dia a dia, hora a hora, com local e pessoa(s) envolvida(s), quitando/apagando tudo o que foi cumprido, bem como, transferindo para os dias seguintes as pendências. Assim, nada, mas nada mesmo, me escapa !!!
Esse é o problema !!! … sim, muitos dos que não fazem a sua parte (isto é, não cumprem com o combinado comigo) e não justificam, até ficando em silêncio, ao serem “cobrados”, se irritam, como se o errado fosse/seja eu !!! Haja !!!
Essa “raça escabrosa” se esquece de que a responsabilidade com compromissos assumidos é um pilar essencial nas relações pessoais e profissionais.
O fato é que, atualmente, há uma crescente dificuldade das pessoas lidarem com cobranças relacionadas a prazos e acordos, como reflexo de mudanças culturais e comportamentais.
Algumas pessoas não sabem lidar com cobranças, de maneira madura, não as encarando como oportunidades para melhorar e, sim, para atacar quem as cobra.
Sim, muitos, ao serem cobrados por compromissos previamente combinados, reagem de forma defensiva ou até agressiva, devolvendo insultos em vez de buscar solução construtiva para o problema.
Esse fenômeno pode ser compreendido, primeiramente, pela cultura de imediatismo, alta pressão e sobrecarga, face o excesso de tarefas e responsabilidades. Assim, quando confrontados sobre atrasos ou promessas não cumpridas, muitos encaram a cobrança como um ataque pessoal, reagindo com irritação ou desrespeito.
Outro aspecto relevante é a dificuldade de admitir erros ou falhas, em tempos, onde a autoestima e a imagem pessoal são constantemente exaltadas.
Assim, até uma cobrança objetiva e educada, pode ser recebida como fria ou rude, dando origem a respostas agressivas.
Em resumo, como reflexo das pressões modernas e de falhas no desenvolvimento de habilidades emocionais e sociais, originando ausência de autocontrole, empatia e resiliência, algumas pessoas não sabem lidar com cobranças de maneira madura. Então, em vez de encarar a situação como oportunidade para corrigir erros e melhorar, elas optam por desviar a responsabilidade ou atacar quem as cobrou.
Enfim, para mudar essa realidade, é necessário promover uma cultura de responsabilidade, integridade, respeito e consideração para a valorização do cumprimento de compromissos. E, mesmo que algum imprevisto ocorra, e um prazo não possa ser cumprido, que se avise com antecedência e se busque alternativas.
Ah … e sendo bem direto, como é de meu feitio: quando alguém, sem ter “sido sequestrado por uma tribo aborígene”, me devolve o silêncio como resposta, pós prazo combinado, considero-o mal-educado e, por não se importar comigo, risco-o sem dor, sem perdão (algo da minha veia húngaro-judaica, Salamon, que alerta: “sem pagar o pecado, não há porque receber perdão”), nem arrependimento, pois, segundo a “Lei do Retorno”, a vida é um eco … “recebe-se o que se emite ao mundo e às pessoas” …
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𝕰𝖒𝖎́𝖑𝖎𝖔 𝕯𝖆 𝕾𝖎𝖑𝖛𝖆 𝕹𝖊𝖙𝖔
PhD/Dr.Ing, Pós-Doc, Ex-Diretor Superintendente WEG
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