Em um mundo cada vez mais acelerado e um mercado que exige respostas rápidas e soluções inovadoras, o Summit Inspira foi um convite a desacelerar.
Durante toda a quarta-feira (11), o Grande Teatro da Scar foi palco de uma verdadeira imersão no autoconhecimento e na saúde mental. Especialistas nesses temas fizeram o público parar, respirar e repensar conceitos como felicidade, propósito, criatividade e relações interpessoais.
Um dos destaques foi a participação do empresário de tecnologia, comediante de stand-up e apresentador Murilo Gun, que, com autenticidade e humor, fez a plateia refletir sobre a importância do sentir. “A criatividade que vem do cérebro surge das referências e das informações que acumulamos. Toda solução mental parte da combinação de experiências que já temos. Mas a criatividade genuína vem do silêncio. Vem do sentir”, explicou. Para ele, apesar do avanço das tecnologias, é preciso voltar ao básico e valorizar, cada vez mais, as habilidades humanas. “A inteligência artificial veio para devolver a humanidade. É preciso sair do pensar e voltar para o sentir”, finalizou.
Felicidade é habilidade
Já o pesquisador, autor e cofundador do Centro de Estudos de Felicidade, Gustavo Arns, abordou a perspectiva da psicologia positiva. “Felicidade é uma habilidade. Portanto, pode ser desenvolvida. Nós somos tão felizes quanto somos capazes de encontrar felicidade nos nossos dias”, provocou. O especialista defendeu ainda que uma vida feliz pode, sim, ser composta por um emaranhado de sensações. “Felicidade é diferente de alegria. Não é uma emoção. É um estado onde cabem várias emoções”, finalizou.
O comunicador Marcos Piangers traçou um paralelo entre felicidade e bem-estar. “Felicidade envolve duas percepções temporais: o bem-estar de hoje e o bem-estar a longo prazo. A verdadeira felicidade é aquela que não compromete o amanhã em nome do agora. Ou seja, minha felicidade de hoje não penaliza a de amanhã”, afirmou.
Comunicação com alma conecta
Depois de dez anos de uma carreira sólida como repórter de televisão na maior emissora do país, Felipe Suhre escutou um chamado interno. No palco do Inspira Summit, trouxe sua bagagem em autoconhecimento para propor uma comunicação humanizada e empática. “Cuidar das palavras é cuidar de pessoas”, destacou. “Excesso de informação pode significar uma escassez de conexão”, concluiu.