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Governos federal e estaduais em rotas opostas quanto à criminalidade

Por: Claudio Prisco Paraíso

01/11/2025 - 07:11 - Atualizada em: 31/10/2025 - 17:16

Absolutamente impressionante o que foi possível visualizar da megaoperação no Rio de Janeiro. Não vamos aqui numerar quantos criminosos-traficantes tombaram com a ação competente, diligente e necessária das polícias do Estado carioca. A abordagem fica mais no campo da necessidade de uma integração entre os poderes federal, estaduais e municipais para o enfrentamento à criminalidade. Essa situação do Rio não é um caso isolado. O Brasil hoje enfrenta, em outros conglomerados urbanos, situações semelhantes e igualmente graves. Vamos citar apenas dois estados: Bahia e Ceará, na região Nordeste. É fundamental que o Congresso Nacional se movimente para avançar na renovação, na atualização da legislação penal. E não é através desta PEC empurrada pelo governo federal que, na verdade, deseja amordaçar os estados no combate à violência, centralizando as ações em Brasília. O caminho não é esse. A solução não passa por aí. Muito ao contrário. Passa pela descentralização e transferência mais significativa de recursos aos estados, que, com autonomia, precisam atuar — em alguns casos, com a ajuda da União.

Forças

Pela via da Força Nacional, Polícia Federal e Forças Armadas, mas cada caso específico a ser apreciado. Mas é fundamental que haja uma integração, uma sintonia. O que se presenciou no Rio de Janeiro causa repulsa, além de indignação.

Bandidagem

O governo carioca, desde janeiro, vem solicitando a participação do governo federal. O próprio ministro José Múcio, da Defesa, encaminhou o assunto para a Casa Civil, em janeiro. Era favorável, e o assunto morreu no Palácio do Planalto. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, passou vergonha diante do diretor-geral da Polícia Federal, ambos sendo entrevistados pela mídia.

Máscaras caem

O policial admitiu que a PF do Rio foi contactada para participar da ofensiva desencadeada no início da semana. E deu negativa à convocação. Mas o delegado regional do Rio disse “não” sem ouvir o diretor-geral da Polícia Federal? O diretor-geral da Polícia Federal disse “não” sem ouvir seu superior, o ministro da Justiça? E Lewandowski não consultou Lula da Silva, que na semana passada, na Ásia, deixou escapar, num ato falho, que os traficantes são vítimas dos usuários?

Abismo

Vejam a que ponto chegamos. Depois teve que se corrigir, se retratar, mas a deidade vermelha falou o que pensa. E aí, quando o diretor-geral da Polícia Federal confirmou esse contato, Ricardo Lewandowski cassou a palavra do cidadão. Tudo democraticamente, claro.

Vergonha

É um governo vacilante, incompetente e mal-intencionado, comprometido com a bandidagem, com a criminalidade e não com a segurança da própria população. Aliás, os cariocas respaldaram a ofensiva na casa dos quase 80%. Que o governo Lula tome vergonha na cara e passe a atuar dentro dos conformes.

Realidades

A Polícia Federal, todas as polícias, não fazem parte de governo, não são órgãos de governo, de autoridades de plantão circunstancialmente — são instituições de Estado. E o dever da polícia, sua missão e atribuição, é combater a violência e a criminalidade em nome da segurança da sociedade. E, ao que parece, o governo do PT, os governos de esquerda, pensam diametralmente o oposto disso. Por isso, é fundamental que o eleitorado brasileiro os coloque para correr nas urnas de 2026.

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