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Previsões do mercado
Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) pioraram pela quinta vez seguida a previsão para a inflação deste ano. A expectativa é que os preços registrem uma alta de 7,25% em 2016. Por outro lado, também pela quinta vez consecutiva, o relatório Focus melhorou a previsão para o desempenho da economia em 2016, que deve recuar 3,44%, ante uma previsão e recuo de 3,60%.
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Socorro ao Rio de Janeiro
O Comitê Olímpico Internacional (COI) antecipou pagamentos de cerca de R$ 100 milhões para ajudar os organizadores dos Jogos do Rio de Janeiro a acelerar as obras que restam e atender aos pedidos das federações internacionais, a menos de dois meses do evento. O acordo estava amarrado antes mesmo de o governador interino Francisco Dornelles decretar no Estado, na última sexta-feira. Segundo o Comitê Organizador Rio 2016, o COI enviou 30 milhões de dólares de uma quantia que deveria ser paga apenas no início dos Jogos. O pagamento foi antecipado devido à crise financeira declarada pelo Estado, à recessão no Brasil, à baixa venda de entradas e ainda aos atrasos em algumas obras. Esse dinheiro viria de pagamentos programados para o dia 5 de agosto, na abertura da competição.
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Demanda por crédito
A demanda do consumidor por crédito subiu 5,0% em maio ante abril e avançou 2,1% na comparação com maio do ano passado, segundo pesquisa da Serasa Experian. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, a demanda teve alta de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com os economistas da Serasa, o movimento positivo da busca por crédito em maio foi estimulado pela ocorrência do Dia das Mães. Entretanto, o avanço em relação ao mês de maio do ano passado foi pequeno devido às condições mais restritivas de crédito neste ano. Na divisão por faixa salarial, o maior aumento em maio foi verificado entre os que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000 (+5,1%, na margem) e de R$ 1.000 a R$ 2.000 (+5,1%). Na avaliação por regiões geográficas, O Sudeste liderou o crescimento (+6,2%), seguido por Nordeste (+5,0%), Centro-Oeste (+4,3%), Sul (+2,8%) e Norte (+2,6%).
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Aceleradoras e incubadoras de empresas
Muitos empreendedores se perguntam qual é a diferença em termos de conceituação dos novos modelos de aceleração de empresas em relação às incubadoras tecnológicas tradicionais. Pode-se dizer que ambas são organizações criadas para auxiliar empreendedores na etapa inicial dos seus negócios, centrados em empreendimentos inovadores e com alto potencial de crescimento, especialmente no setor de tecnologia, com objetivos similares na introdução destes no mercado.
No entanto, o principal diferencial entre ambas se encontra no modelo de negócio. As incubadoras se caracterizam por não ter fins lucrativos, e são ligadas, na maioria das vezes, a instituições ou mantenedoras de caráter público. As aceleradoras, por outro lado, são iniciativas privadas com fins lucrativos, mantidas por investidores que destinam recursos para ganhar dinheiro com o retorno da venda das ações da empresa acelerada. Nesse caso, o lucro da aceleradora encontra-se diretamente vinculado ao sucesso dos negócios das empresas sediadas nesse tipo de habitat. Tal configuração potencializa um pacote de serviços orientado para uma geração rápida de resultados.
Outra diferença, encontra-se na oferta de serviços e nas contrapartidas que são exigidas. A incubadora oferece basicamente um espaço físico e uma infraestrutura de operação para desenvolvimento do produto ou serviço, enquanto a aceleradora proporciona suporte de gestão, que comporta mentorias e consultorias de profissionais altamente qualificados, que vigorizam e ampliam a rede do empreendedor. Por outro lado, as empresas incubadas sustentam o processo de incubação mediante o pagamento de taxas subsidiadas de forma compartilhada pelos empreendedores, que carecem de qualquer tipo de investimento de capital em seus negócios, a não ser daqueles obtidos via editais governamentais. A participação do empreendedor na aceleradora está sujeita a ceder parte das ações da empresa acelerada em troca de investimento de capital. Pode-se dizer que as aceleradoras são uma variante atualizada das incubadoras, principalmente por causa dos novos modelos de parceria que começam a serem delineados na economia. Em todo caso, pode haver formas de intercâmbio entre aceleradoras e incubadoras, no sentido de usar-se elementos de negócios atendendo as duas vertentes empreendedoras. Tal configuração pode ser utilizada de acordo com as necessidades e o perfil dos empreendedores que se candidatam a esses ambientes de inovação.