Uma coisa é ter vontade, outra coisa é não ter vontade. Essa diferença faz a nossa vida sob todos os aspectos. Há pessoas muito enfermas que não acreditam em suas curas, tomam os remédios receitados, mas no silêncio de seus pensamentos, não acreditam na cura. Não serão curadas. Não há remédio que cure quem não se quer curar, mas esse não querer é inconsciente ou uma característica da personalidade do enfermo. Já falei aqui do livro “Amor, Medicina e Milagres”, escrito por Bernie Siegel, médico americano. Nesse livro, contam-se histórias de muitos americanos diagnosticados como incuráveis, condenados a morrer em poucas semanas, mas… Que não morreram. Os medidos, de Harvard, Oxford, caras da linha de cima da medicina americana foram atrás para ver o que acontecera. Descobriram que muitos dos pacientes “desenganados” saíram para a vida depois do diagnóstico e… Negaram-se a morrer. Tudo comprovado. Dizendo isso, relembro uma frase que aprendi quando me iniciei na carreira de narrador de futebol, tinha 17 anos, Rádio Porto Alegre, RS. A frase era muito enfática: – “O jogo só acaba quando o árbitro apita o final do jogo”! Vale para nós todos em vários aspectos da vida. A maioria do povo que anda por aí desiste com facilidade, desiste de tudo ou quase tudo, basta que lhes surjam alguma dificuldade pelo caminho. Desistir é perder, lutar é vencer, mesmo que não vençamos. Nada pior na vida que olhar para trás e suspirar um arrependimento pelo que devíamos ter feito e não fizemos. Cansei de narrar jogos que estavam “perdidos” para muitos times, tudo lá pelos 25 minutos do segundo tempo, mas… Jogos que tiveram o placar virado e os até então derrotados saíram de campo vitoriosos. Os grandes empresários sabem disso, impossível chegar lá em cima no empreendedorismo sem jamais ter levado tombos, muitos tombos. É a persistência que nos leva à vitória, persistência diante do que vale a pena, cabeça arejada para saber fazer discriminações. Um trabalho enfadonho, chato, pode ser mudado para um grande prazer, desde que mudemos o nosso jeito de “jogar”, mas… Não dou o mesmo conselho para um casamento que já deu provas de que não vai mudar o placar no segundo tempo… É jogo perdido. Pegar as chuteira e cair fora.
VACILAÇÕES
Mais das vezes, ignoramos nossas intuições. Intuição, você sabe, é conhecimento sem consciência, sabemos que sabemos, mas não sabemos por que sabemos. Não diferimos dos bichos, a intuição deles é o instinto. Sendo assim, diante de qualquer problema temos uma solução, a nossa solução, mas raramente confiamos nela. Daí que muitas vezes damos passos errados indo procurar por opiniões alheias diante do que sabíamos intuitivamente o que fazer. Inseguros.
TEMPO
Se pararmos para pensar, com uma cabeça arejada, vamos logo nos entregar a uma verdade milenar: nossas duas maiores inquietações ou infelicidades na vida vêm do “ontem” e do “amanhã”. Do ontem dos arrependimentos, da nossa falta de inteligência por não termos vivido melhor muitos momentos especiais de nossa vida. E o “amanhã” nos inquieta, nos tira o sono pelos medos, pela insegurança nossa diante do incerto. Buda tinha razão, a paz e a felicidade só podem ser vividas no hoje, no aqui e agora. Adianta dizer?
FALTA DIZER
Reportagem da TV Senado, manchete: – “O sofrimento dos animais transportados vivos”. Gado, porcos, animais de todo tipo, dias e dias em porões de navios, sem espaço para deitar, sem água nem alimentos… E as “autoridades” da fiscalização? Não há fiscalização, sei bem da razão… Noticia da TV Senado.