Isso mesmo, todos ao nascer ganhamos um “limoeiro”, isto é, incontáveis limões, limões como sinônimos de problemas, dores, danações de todo tipo. Ninguém escapa desse “limoeiro”. E ele vai ficar conosco até o fim… E qual é a saída? A velha saída de sempre, transformar os limões em limonadas. E como se faz isso? Mudando o modo de pensar ou não pensando. Há quem fique todo o tempo pensando em um prejuízo, em uma perda, em uma doença, no que for, mas tudo ruim, inquietante. Quem mandou a pessoa pensar esses pensamentos? Ninguém, ela decidiu por ela, mas já foi mais do que comprovado que aquilo a que mais tememos é, costumeiramente, o que nunca acontece. Logo, sofrimentos inúteis. O fato pode ser o pior de todos para nós, mas se dele não tivermos conhecimento, esse fato vai passar batido. Estamos, por exemplo, tomando chimarrão ou, vá lá, uma deliciosa caipirinha quando alguém rouba o nosso carro que estava lá na frente de casa. Não ficamos sabendo do roubo. E por não termos essa informação na cabeça o roubo não existe. Quando, todavia, ficamos a saber de que o carro foi roubado, bah, subimos pelas paredes. E por quê? Porque a informação chegou-nos à consciência. Vale para tudo. Vem dessa verdade a importância das ênfases budistas para que vivamos o aqui e agora. Vivendo no aqui e agora, o que passou não nos vai incomodar, foi-se; tampouco as ansiedades com um futuro que não existe e pode nunca existir… – “Ah, mas se eu estiver numa pior, viver o aqui agora com toda consciência me vai fazer sofrer mais, afinal, não quero continuar sofrendo o que agora estou sofrendo…!”. Aí é que mora a verdade. Pode-se mudar a dor co a consciência de que mesmo a pior das dores depende do modo como a vivemos. Se a entendermos como algo que vai passar, que pode passar daqui a pouco ou mesmo agora, tudo muda. De outro modo, é jogar o alívio para um futuro nada certo. O poder de transformar um prego na cadeira em uma pluma depende do modo como pensamos esse prego. Vale para absolutamente tudo, afinal, tudo o que existe só existe na nossa cabeça, pensamentos. Conclusão? A felicidade depende só de nós, pelo modo de pensar.
BONITO
Sim, isso mesmo, bonito, muito bonito saber que as crianças e os adolescentes aí em casa estão de férias no colégio, mas mandando ver nas leituras. Que bonito! Estão lendo, devorando páginas e páginas de leituras. Vão voltar à escola em fevereiro bem mais evoluídos, letrados, que a maioria. Que bonito. Nem de longe ouvir que os jovens estão de “recesso escolar”, férias. Férias são para trabalhadores, crianças e adolescentes lêem o tempo todo, estudam nas “férias”…
RUA
Ouça esta manchete que acabei de ler num jornal de São Paulo: – “Supremo Tribunal Federal acerta permitindo que pacientes recusem tratamento médico por motivos religiosos”. Ah, é? Então, peguem a mala e caiam fora do hospital, era só o que faltava um sujeito internar-se num hospital e recusar determinados tratamentos por questões alheias à medicina. E se morrer, a culpa é dos médicos? Então, que criem seus próprios hospitais. Ponto.
FALTA DIZER
Quase todos os viajantes gostam de levar “lembrancinhas” das cidades que visitam. Então, é bom lembrar que a melhor das “lembrancinhas” é a da educação do povo. Nos hotéis, nos bares, nas lojas, nas ruas, povo educado será para todos a melhor “lembrancinha”. Mas os visitantes também têm que deixar boas “lembrancinhas”. Ué!