Se perspectivas nada animadoras se consagrarem, talvez 2017 seja o terceiro ano sem a realização do Festival de Formas Animadas. O evento sediado em Jaraguá do Sul e que tem 14 anos de história, é organizado pela Sociedade Cultura Artística (Scar), que novamente vai inscrevê-lo para receber verba do Governo do Estado. Porém, nos últimos dois anos o repasse não veio, o que impossibilitou a realização do evento.
Segundo a gerente executiva da Scar, Edilma Lemanhê, a entidade precisaria da confirmação do repasse – cerca de R$ 200 mil para a realização de um pequeno festival -, até julho para que ele fosse realizado em outubro. “O ideal é até julho, mas se vir até setembro ou outubro, a gente dá um jeito para fazer”, afirma. Esse era o único projeto da entidade a ser patrocinado pelo Governo Estadual. “Não vale a pena nós tirarmos essa responsabilidade do Estado porque a gente acha que o Estado também tem as suas responsabilidades enquanto fomento cultural. Não é só o imposto de renda, não é só nós, nem só o município. Entendemos as cadeias hierárquicas e gostaríamos que todas elas participassem desse fomento cultural”, diz. Como em 2015 e 2016 esse repasse não foi feito, a área ficou sem o incentivo. “Temos que insistir com que cada um cumpra seu papel”, completa.
O Festival de Formas Animadas reunia bonequeiros de todo o país e exterior para apresentações gratuitas ao público e troca de experiências, além de dias de muito aprendizado com o seminário de Estudos Sobre Teatro de Formas Animadas. A única coisa que fazia parte do projeto e ainda tem sequência pela Scar é a revista Móin-Móin, publicação que divulga trabalhos de pesquisadores, técnicos e artistas do gênero artístico. Com duas edições anuais, ela é financiada através da Funarte (Fundação Nacional de Artes).