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Fundo do poço – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

01/02/2024 - 07:02 - Atualizada em: 31/01/2024 - 18:21

Ditados populares são “remédios” distribuídos gratuitamente pelas esquinas da vida. Remédios formidáveis. Digo isso diante de uma “novidade” no mercado estudantil. Antes dessa novidade, preciso usar de uma frase popular, frase que devia estar em todos os vestibulares. Essa frase diz que– “Ninguém é tão rico que não precise de ajuda nem tão pobre que não possa ajudar”. Adaptando essa verdade às nossas silenciosas verdades, vale dizer que “Ninguém é tão feliz que não posso se tornar infeliz nem tão infeliz que não se possa tornar feliz”. Vamos lá, à notícia que me acaba de chegar pelo site UOL. Ouça a manchete: – “Felicidade se alastra como disciplina em universidades brasileiras”. Claro, é uma imitação do que já acontece nos Estados Unidos e até mesmo em “grandiosas” universidades como Harvard. A pergunta que nos salta à cabeça é – “Jovens precisando de aulas de felicidade”? Sim, e muito. Os jovens que andam por aí andam mordendo os cotovelos… Chegamos ao ponto de precisarmos de aulas de felicidade. Já falei disso aqui miríade de vezes, chego a ter calos nos dedos e na língua. Adaptando aquela frase do – “Ninguém é tão rico que não precise de ajuda nem tão pobre que não possa ajudar”, vale para a felicidade. Todos podemos ser felizes, aqui e agora. Objetivando a questão, os jovens, coitados, estão nascendo sem pais. Sem pais, os pais que andam por aí, por favor, bah, por favor! Os caras podem ter dinheiro e dar dinheiro fácil para os filhos, uma espécie de “compra”, um abono pelo desleixo educacional, mas não é o dinheiro que nos faz gente, pessoas firmes e felizes. Sem família, como ser feliz? Sociedade louca, eivada de exibicionismos, mentiras, vícios e desorientações, como ser jovem e feliz? Ausência de bons exemplos, multidões de “influencers” do nada, gentalha minguada e safada, como ser feliz? A responsabilidade vai cair sobre os ombros das escolas? Era só o que faltava. Ou uma inadiável “revolução” dos costumes, da vergonha na cara, ou mais e mais loucuras nos ombros dos jovens. Outra frase: – As crianças nascem boas, a família as corrompe quando ainda chupam o bico…! Não lhes vejo futuro, não se não houver a “revolução”…

DÚVIDAS

A ciência trabalha sobre a certeza, nada que não seja certo vira novidade científica. Nós, aqui fora, temos que adotar essa postura, especialmente agora, diante das fake News que nos chegam como verdades acabadas. Duvidar de tudo, de todos, é bom negócio. Vale para a relação conjugal, ô, se vale, vale para as verdades dos amigos, vale para os fuxicos contados nos corredores da empresa e vale, muito, diante dos que dependem de votos. Os mentirosos estão de plantão. Duvidar faz bem pra tosse.

REPETIÇÃO

Não existe mais “criança”, criança como sinônimo de inocência. Esse tempo se foi, se é que um dia existiu… Na Califórnia, EUA, mais um caso. Um guri de 10 anos pegou o revólver do pai e saiu para uma praça. O primeiro guri que apareceu, andando de bicicleta, ele, o bandido armado, o matou. Coisa de criança? Engraçado, o revólver é sempre apontado para o outro, ah, que ingênuo! Canalha, sabia direitinho o que estava fazendo. Pegá-lo e ferrá-lo.

FALTA DIZER

As mulheres são bem mais fortes que os homens, em tudo. Ouça esta frase da cantora Joelma: – “Sem beijo na boca há anos, Joelma diz não precisar de alguém para ser feliz”. Para sexo, sim, ninguém precisa de ninguém, mas para a vida precisamos, precisamos de companhias bem calorosas. Kss, Jô!

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.