Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Fruta do amor? – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

23/08/2025 - 07:08

Chamar uma pessoa de leviana não é ofensa. Se bem pensada, a palavra leviana significa pouco peso, leve, porém… Entre nós, chamar alguém de leviano virou ofensa, significa pessoa irresponsável. É aquela velha história, as palavras são elásticas, elas não se congelam. Então, vamos lá, muitas pessoas foram chamadas de levianas, por estes dias, em razão de alguns produtores de morango terem lançado no mercado os “morangos do amor”. As tais pessoas levianas, brincando ou não, passaram a comer pilhas de morangos, ah, vai que dê certo, que esses morangos de fato sejam atraentes de amor. Faço aqui o ponto para passar ao outro lado da ponte do nosso assunto de hoje. Não há morangos do amor nem rituais que nos garanta um amor na vida. Esse amor “acontece” ou não. Mas nunca vai acontecer se corrermos atrás dele. Quando corremos atrás do amor o amor cria asas, ele foge de nós. Sacrossanto Maná dos Altares, quantas vezes será preciso dizer que amor não se procura? O amor, procurado ou não, só pode vingar pelo caráter dele ou dela, jamais pelo “gosto” do corpo da figurinha amada. Sem um bom caráter, a instância moral da personalidade, ele pode ser o Apolo reencarnado e ela pode ser Vênus em carne e osso, não vai dar certo. Coisa engraçada, os tempos passam, todo mundo hoje é muito esperto, falam mal dos antigos, dos velhos, mas… Continuam, continuamos, recalcitrantes em tolices inerentes à condição humana. Volta e meia surge uma “novidade” para o enriquecimento rápido, para o embelezamento mágico das pessoas, bobagens que vêm e vão ao longo da história, mas continuamos os mesmos, tolos. Esperar por mágicas na vida revela o desespero da maioria, pessoas que não se vêem bem no espelho da vida e que por isso precisam de magias. E, por via de conseqüências, o esperto mercado capitalista joga no mercado bobagens inócuas, tolices mesmo, mas, mesmo assim, o mercado consumir se atira de unhas e dentes nessas falaciosas ofertas. Quem nos tem que embelezar é o caráter. Duas pessoas bonitas pelo caráter vão fazer negócios honestos e, sobretudo, um casamento feliz. Credo, às vezes fico com vergonha do que digo, que formidável perda de tempo. Quem já leu a Bíblia sabe disso, quem já leu, eu disse. Meia-dúzia, se tantos.

DISTINTOS

Quem são os mais “distintos”, os mais aplaudidos ou até seguidos nas redes sociais? Acertaste, os quadrados. Mulheres levianas, fáceis, e homens que de Homens nada têm. Esses são os “brilhantes” diante dos seus iguais, a maioria… Seria interessante que os pais educassem os filhos para essa realidade, todavia, como esperar esse milagre com os pais tão “ocupados” como vivem hoje? O arrependimento vai aparecer na velhice desses pais…

JUSTIÇA

A justiça, mais das vezes, se faz nos pormenores, sem ruídos nem tambores tocando. Aqui entre nós, no Brasil verde-amarelo, um jovem que se destaque soberbamente nos estudos é ignorado. Uma jovem que “devore” livros, leia com prazer e tenha uma cabeça arejada é chamada de “coitada” pelas “amigas”, tudo no silêncio da inveja… Virtudes são ignoradas, imbecilidades são seguidas, copiadas. Mas são esses “ignorados” que ainda sustentam-nos a paz e os crescimentos.

FALTA DIZER

Seguido alguém me pergunta: – Prates, por que tu não falas mais freqüentemente sobre política, sobre Brasília? Não falo, leitora, leitor, porque me faltariam pedras para jogar. Certeza absoluta. Encontrar alguém que valha a pena e mereça reconhecimentos é tão difícil quanto sobrar dinheiro do salário…

 

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.