Fratura de quadril

FOTO: divulgação

Por: Dr. Vicente Caropreso

26/10/2023 - 09:10 - Atualizada em: 26/10/2023 - 16:51

 

A Universidade Harvard fez um estudo em 19 países e concluiu que, até 2050, os casos de fratura do quadril devem crescer 4 vezes no Brasil.

Entre as causas, estão o envelhecimento acelerado da população e a falta de tratamento adequado contra a osteoporose; principalmente entre os homens. As mulheres costumam fazer exames de densitometria óssea solicitados pelos ginecologistas, mas não existe essa rotina para o homem, que, além disso, tem resistência a ir ao médico.

A maioria das fraturas ocorre dos 65 aos 99 anos e são 3 vezes mais comuns em mulheres, pela perda maior na densidade dos ossos e enfraquecimentos dos músculos. A osteoporose está relacionada ao envelhecimento, à menopausa, à baixa absorção e processamento de vitamina D e ao sedentarismo.

Outros fatores das quedas são a falta de equilíbrio por efeitos de medicações, dificuldades de visão e menor agilidade. Por isso, deve-se propiciar um ambiente livre de obstáculos como tapetes, brinquedos de crianças e móveis, que possam facilitar um tombo.

As mulheres são propensas à osteoporose porque depois da menopausa há queda na produção de hormônios que protegem o esqueleto – 30% delas apresentam osteoporose a partir dos 50 anos, contra 10% dos homens.

Entretanto, as taxas de mortalidade por fratura de quadril são proporcionalmente maiores nos homens do que nas mulheres que sofrem esse tipo de trauma.

Para evitar a osteoporose deve-se consumir alimentos ricos em cálcio – como os laticínios; tomar sol diariamente para a produção da vitamina D – necessária para a absorção desse cálcio pelos ossos; fazer exercícios físicos regulares para fortalecer músculos e ossos; e incluir a densitometria óssea no check-up anual.

Aproximadamente metade dos pacientes idosos com fratura do quadril não consegue viver independentemente após esses acidentes, apesar disso, a maioria dos idosos retorna ao nível de atividade ou vive prazerosamente após o tratamento adequado aliado a hábitos mais saudáveis, como a prática de exercícios físicos regulares.

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Dr. Vicente Caropreso

Deputado estadual catarinense, médico neurologista e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.