Frase da moda – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

12/10/2023 - 06:10

– Mentira, bah, não acredito, é verdade? Mais ou menos assim, leitora, é a tal frase da moda. E essa frase se relaciona à “novidade” que alguém escuta sobre a separação de um casal conhecido. Nunca foi tão fácil pegar a mala e sair sem olhar para trás. As pessoas falam em separação, ou separações, mas não existe separação no que nunca foi “união”. Amor não morre e quem ama não mata, são duas frases conjugadas. Incontestáveis. Mas por que tantas separações? Já disse, porque nunca foram uniões, foram interesses conjugados e não conjugais. Ela não podia continuar sozinha, vista como “mal amada pelas amigas”, e ele, metido a bacana, fortão, macho das aparências, não via com bons olhos passar a ideia de ser um “pinto-caído”. E dessas carências resultam os ajuntamentos, opa, quis dizer os casamentos. Amor não nasce do nada, é preciso um encantamento e esse encantamento, ou encantamentos, exige tempo, aí está a importância do bom e saudável namoro. O encantamento não pode ser pelo corpo dele ou dela, sem mais nem menos. Se o corpo para muitos é a atração indispensável, o que de fato vai unir as pessoas são os encantamentos descobertos ao longo do convívio de namoro. Mas o namoro está fora de moda, quem assumiu o seu lugar é a pressa, e a pressa, sabe-se, é inimiga da perfeição. E outra coisa, separações depois de 15, 20 anos é falta de pudor, mais de um que de outro ou de ambos. Não existe essa falácia dos cretinos, essa de que o amor acabou. Nesses casos, nunca houve amor. Mas hoje é mais ou menos assim para tudo. O boca-aberta faz vestibular, passa, entra na faculdade e… Tempinho depois dá no pé, não era o que

ele queria. E como é que das sacanagens sabia o que queria? No trabalho a maioria só vê o salário, é como alguém casar para não continuar solteiro/a só para não gerar comentários… Ou a pessoa “ama” o que faz ou vai viver pulando de galho em galho na vida, primeiro e garantido passo para a infelicidade. As pessoas, maioria, são mesmo casos psiquiátricos. Uma “amiga” ficou furiosa ao descobrir que todas as mensagens que ela tirava diariamente de uma caixinha de mensagens numa padaria eram sempre positivas. Ficou furiosa… Só positivos faziam mal a ela…

MAIS

Mais, muito mais. Acabei de ver na RecordNews uma pesquisa sobre trânsito, questões envolvendo pessoas e veículos. Pela pesquisa, 31% das pessoas não olham para os dois lados quando atravessam as ruas. Pelo que vejo, bem mais. Vejo todos os dias gente “se achando”, pessoas levianas, jovens e velhos que acham que como pedestres elas têm todos os direitos. Negativo. Ou se cuidem ou vão acabar mal, parvos.

MÚSICA

No site do UOL, li dia destes uma matéria sobre música. E alguns babacas dizendo, numa pesquisa, que música clássica é elitista. Coitados dos levianos, que eles provem que estão proibidos ou que são discriminados para não ouvir música de qualidade, música orquestrada ou a chamada música clássica. Quando a pessoa se acostuma com o charco ela considerada uma rua calçada como coisa de rico… Muitíssima gente pensa assim.

FALTA DIZER

Há muitos anos, em Porto Alegre, a rádio Continental fez isso… Por uma hora todos os dias tocou músicas orquestradas, só por uma hora… Deixaram o tempo correr e depois fizeram uma pesquisa sobre a audiência. Deu um formidável resultado. No Brasil, em muitos aspectos, o povo não tem escolha, fica no funk Batcu…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.