“♫ Futures made of virtual insanity now/ Always seem to be governed by this love we have/ For useless, twisting other new technology/ Oh, now there is no sound for we all live underground” (Virtual insanity; Jamiroquai).
Em uma era em que a tecnologia permeia todos os aspectos da vida humana, algumas situações peculiares envolvendo dispositivos eletrônicos ganham destaque. Alguns são apenas curiosos e engraçados; outros beiram ao ridículo ou bizarro.
Um dos episódios mais curiosos ocorreu em 2022, em Brasília, quando uma escritora descobriu que seu Kindle havia sido invadido por formigas. Miúdas formigas. Até aí, tudo bem. Mas o inusitado da história é que as formigas passaram a fazer compras de e-books na Amazon! Ela descobriu quando começou a receber as confirmações por e-mail.
E as formigas tinham um senso literário melhor do que o de muita gente. Estavam na lista livros como “Robôs e o Império”, de Isaac Asimov, e “O anel de Giges: Uma fantasia ética”, de Eduardo Giannetti. A notícia se espalhou rapidamente, quando uma amiga publicou a inusitada história numa rede social, deixando muita gente perplexa, e outro tanto rindo (de nervoso, talvez). Formigas cultas e hiperconectadas!
Viúvo de holograma
Quando o assunto mistura tecnologia e bizarrice, talvez tenhamos um campeoníssimo. Quem sabe até um hors concours.
O japonês Akihiko Kondo, de 41 anos, ficou viúvo após quatro anos de casamento. Viúvo de uma esposa-holograma ou holograma-esposa, nem sei como definir. Enfim, sua esposa era um holograma com inteligência artificial. Ocorre que a empresa responsável parou de fornecer o serviço e ela teve uma, digamos, morte informática.
O cidadão aí chegou criar uma Associação Fictossexual para estimular a compreensão da fictossexualidade (que é a atração sexual ou romântica direcionada apenas a personagens fictícias).
Pego com o relógio no pulso
Hoje em dia muita gente tem os tais smartwatchs, ou seja, os relógios inteligentes, que passam informações de quase tudo instantaneamente. Ele é especialmente comum nos pulsos de esportistas, amadores ou profissionais.
Uma atribuição originalmente não imaginada, mas que tem, involuntariamente, causado algum sucesso, é a de detetive particular de traições.
Os casos de maior repercussão, e talvez os mais curiosos, foram o da inglesa Nadia Essex que descobriu a traição porque o aplicativo fitness que tinha sincronizado com seu namorado apontou que, entre 2h e 3h da manhã, ele havia queimado mais de 500 calorias e o da americana Jane Slater, repórter da NFL, que percebeu que seu namorado estava gastando calorias demais às 4h da madrugada. Como nenhum dos dois soube explicar o porquê de tanta energia gasta, ficaram sem namoradas.
É pessoal, a transformação digital está trazendo várias histórias loucas para reflexão, e tenho ouvido muita gente dizendo que quanto mais conhecem os homens, mais preferem as formigas cultas…
O título desse texto e o fio inicial da meada é do amigo Morgan.