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Fogo interno – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

29/07/2025 - 08:07

Todos nós temos um fogo interno, esse fogo tanto pode ser um “inferno” quanto um céu, tudo vai depender do nosso ponto de vista, das nossas ações. Já contei aqui uma história que vou repeti-la, afinal, a repetição é a mãe da memória. Numa pequena cidade do interior, um cidadão de origem pobre abriu uma lojinha para vender cachorro-quente. Ele fazia um esmerado e delicioso cachorro-quente, muita gente o comia. Esse senhor tinha problemas de audição e de visão e em função disso sabia pouco do que acontecia na sociedade. Mesmo assim, tudo lhe ia bem. E esse senhor tinha feito todos os esforços para que o seu filho único fosse estudar na capital, longe de casa, numa boa faculdade. Esse modesto “empresário”, que vendia cachorro-quente, tinha uma cabeça arejada, ele fazia cartazes promocionais para a venda dos produtos dele, colocava os cartazes em muitos lugares da cidade, anunciava no jornal e na rádio. Ele era um sucesso, até que… O filho formou-se, voltou para a cidadezinha onde nascera e juntou-se à família. Ao chegar à cidade onde morava sua família, viu cartazes dos cachorros-quentes que o pai vendia, ouviu os anúncios no rádio, leu nos jornais e… Preocupou-se. Falou com o pai, fê-lo saber que o Brasil estava em crise econômica, dificuldades de todo tipo, que não fazia sentido ele gastar dinheiro com tantos cartazes pela cidade, anúncios no rádio, publicidade em jornal, nada disso, o pai tinha que economizar… O pai, pouco estudo, dificuldades para ver e ouvir, seguiu o conselho do filho, parou com as publicidades, diminuiu os pedidos de salsicha e pão para os cachorros-quentes que ele vendia e… Foi drástica a queda nas vendas, não demorou, o pai fechou a lojinha, quebrou. Olhou para os lados, suspirou e disse a si mesmo: – “Meu filho tinha razão, estamos mesmo numa grande crise”. E afundou na vida, morreu pouco depois. Moral da história? Idiotas podem tirar o entusiasmo de pessoas com informações que podem simplesmente ser ignoradas pela garra, pela determinação, pelo instinto de ser e crescer. Os latidos lá de fora não nos devem assustar, nossos inabaláveis propósitos são a vida da nossa vida. Deixemos os “cães” latir, passemos com nossa carruagem das determinações…

AMANTES

Agradeço aos céus por não encontrá-lo… Ouça esta manchete: – “Médico preso, acusado de matar a esposa, não pode receber a amante em visita na cadeia”. Foi em São Paulo. A hipocrisia brasileira manda dizer “acusado” quando, comprovadamente, o sujeito matou a esposa. E depois o assassino queria visitas da amante, causa do assassinato da esposa dele. Esse sujeito não pode ficar numa cela, ele tem que ir para a “salinha dos fundos”. Para respirar…

REPETIÇÃO

Nenhuma mulher precisa de homem para viver ou “sobreviver”, mas os homens precisam delas. Os homens precisam de uma “mãe” para lhes cuidar e administrar. São incontáveis ao logo da história os casos, mantidos em sigilo, de músicas clássicas compostas por esposas, amantes ou filhas dos “consagrados”. Maioria. Mesma coisa na literatura e na ciência. Até quando

isso? Até as mulheres acordarem e assumirem o poder intelectual que é delas de direito, garante a Psicologia.

FALTA DIZER

E agora esta: – “Feminicídios e estupros registram recorde de casos no Brasil na mais recente avaliação do Anuário Brasileiro de Segurança Pública”. Mas isso tem saída e não é difícil acabar com esse escracho: basta que os governos mandem construir mais “salinhas dos fundos”. Estuprou, matou? De um modo ou de outro, o bandido tem que ter um “destino”. Daqueles…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.