Filhos sim, maridos não – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

13/01/2024 - 07:01

Já falei desse assunto aqui, mas ele acabou de me bater à porta outra vez, pediu licença para entrar e acomodou-se na poltrona do “vamos ver”… Então vamos. O assunto resulta de um título instigante, nada novo, que vive de plantão… Vou entrar pisando em ovos no assunto. Ter alguém ao nosso lado tanto pode ser a maior graça “divina” quanto a maior desgraça. Tudo vai depender do tipo de nó nessa junção. Não nascemos para viver sozinhos, mas vamos ficando sozinhos pela vida… Muitos desistem do garimpo do amor, de sair à procura por um ele ou ela. Pesquisa interessante da FGV. Da pesquisa resultou esta manchete: – “Por que cada vez mais mulheres ricas querem ter filhos sozinhas”? Sabe-se que hoje a mulher pode engravidar por vias transversas, sem homem em cima dela, sem perrengues nem chatices ad aeternum… A mulher tendo dinheiro e boa cabeça vai querer ficar fora dessas convencionais e sabidas encrencas geradas pelo casamento. Melhor é ter os filhos e não ter um aborrecimento ao lado. Será? Não vejo assim, sou casamenteiro, porém… Tem que ser um casamento daqueles de filmes antigos, pleno de amor e para sempre. Sacrossanto, mas como isso nos dias de hoje? O ser humano é social, depende de outros e à medida que vamos envelhecendo nada melhor que dividir o teto com um amor, com alguém que feche o circuito conosco. É possível isso? Sim, é, mas… É tão difícil quanto ganhar na Mega-Sena sozinha. Dificílimo. As pessoas estão muito levianas, muito regidas por aparências, com exigências idiotas e assentadas sobre a ignorância. Dia sim dia não, vejo nas redes sociais mulheres, bem mais elas, se queixando de sexo ruim ou mentindo sobre sexo miraculoso, mulheres já bem vividas… Não, a companhia de que precisamos não se pode assentar sobre a cama, “aquela” cama, tem que se alicerçar sobre o companheirismo, sobre o apreciar estar juntos, mesmo no silêncio. Ter ele ou ela ao lado, no frio ou no calor da vida é a felicidade. Mas essa felicidade só pode estar escorada no caráter e no amor verdadeiro. Aonde isso? E dessa insegurança, surge a moda: filhos sim, maridos não. E ainda tem quem espere pelo Apocalipse…

IGNORÂNCIA

As vacinas são mundiais, já salvaram milhões de vidas. Aqui entre nós, em décadas passadas, havia um morticínio de crianças pela paralisia infantil. Ela sumiu e por quê? Porque surgiram as vacinas, e assim também com as mortes produzidas pela gripe. Gripe é o que mais mata no Planeta, mata de modos indiretos, mas mata. E aí, vem uma lambisgoia, filha de famosa, dizer que vacina é um satanismo? Olha, o “satanismo” vem depois da luz apagada, cuidado! Satanismo puro…

FERRADO

Estou ferrado. Olhe o que acabei de ler, eu que só bebo água de garrafa: – “Água engarrafada contém centenas de milhões de fragmentos de plástico”. Muitos diziam isso, mas agora o pessoal da ciência e tecnologia da Universidade de Colúmbia – EUA – fechou a rosca com provas e mais provas. Fragmentos de plástico nos liquidam. E agora? Que água vou beber? S.O.S.

FALTA DIZER

De fato, estamos num momento de vale tudo, salve-se quem puder. As tentações legalizadas, legalizadas, fique claro, estão em todas as esquinas. Acabei de dar de cara com um site para encontros extraconjugais, para casados… Fico a imaginar um casal se encontrando pelo site, ele e ela casados um com o outro. – Ah, amor, tu por aqui? E tu também?… É a vida moderna.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.