Eu considero você que me está “ouvindo” agora como amiga, amigo. Então, penso que lhe posso fazer uma pergunta daquelas perguntas que fazemos aos amigos ao pé do fogão, na cozinha. Vamos lá, – Você precisa de dinheiro? Vou fechar os olhos e responder por você, vou atirar no escuro: – Sim, precisa de dinheiro. E agora vamos imaginar um sonho: Você ganha sozinha, sozinho, a Mega-Sena acumulada, um caminhão de dinheiro, dinheiro para netos e bisnetos, certo? Insisto, ganharia sozinha, sozinho a Mega-Sena, trabalhar por dinheiro nunca mais… Agora, outra pergunta: – E o que você faria a partir desse montão de dinheiro no bolso e no banco, o que faria? Não tenho idéia, mas imagino que viajaria, trocaria de casa, compraria um carrão, essas coisas. Certo? Sim, mas e depois, o que farias? Como seria seu cotidiano, já viajaste pelo mundo, trocaste de casa, carro, de tudo um pouco, e a rotina voltou, ela sempre volta. E aí, o que farias? Todas estas voltas, leitora, leitor, porque acabei de ler mais um estudo, pesquisa mundial com jovens da chamada Geração Z, gente na faixa dos 18 aos 26 anos, por aí. – Ah, e antes que esqueça, muito mais os rapazes falaram o que falaram, as mulheres são mais sagazes antes de eventualmente jogar pedras erradas… Perguntados sobre a importância do trabalho na vida deles, os rapazes, bem mais que as mulheres, disseram que – “O trabalho é para vivermos e não vivermos para o trabalho. É uma danação, termos apenas o sábado e o domingo para sermos felizes”. Eles falavam dos que trabalham cinco dias por semana, é inaceitável para a Geração Z esse escravagismo. Imagine tendo esse tipo de ociosos num regime 6×1, como é no Brasil, isto é, trabalhos semanais de seis dias e uma folga no domingo, pelo menos para a maioria. Mas volto à questão: o que vai fazer a pessoa sem ter que trabalhar diariamente de modo convencional? A pandemia do Covid fez “algumas” pessoas ficar mais tempo em casa… E qual foi o resultado mais imediato dessa “prisão” familiar? Divórcio e explosão de doenças mentais. O não ter o que fazer acirra, põe fogo nos relacionamentos mais próximos. Ter o que fazer e se envolver com esse fazer é saúde, prosperidade e realizar-se, o mais é vadiagem.
AVISO
Procuro sempre lembrar aos meus amigos, você entre eles, que pense no seu futuro, ele está logo ali. Todos os dias fico sabendo de pessoas que acumularam idade, mas não fizeram a acumulação indispensável para ter o dinheirinho de que todos necessitamos a partir de uma certa idade. Famílias pequenas ou nem isso… O dinheiro não é tudo, mas sem ele a coisa fica bem pior. “Dinheirinho” já quebra o galho. Não esqueçamos disso!
MÃOS
Sobre essa história de que já falei, o de guardar o dinheirinho de que vamos precisar na velhice, é bom lembrar que muitos pedem ou vão pedir ajuda, vão esperar por mãos estendidas. Mas todos já dispomos dessas mãos: as nossas. Só podemos contar, de modo seguro, é com essas mãos. E sem desculpas, nossas mãos, bem usadas, são milagrosas.
FALTA DIZER
Ontem ouvi um palestrante americano dizer uma frase que me sacudiu. Ele disse que “qualquer mãe vê quando o filho não presta, mas anestesia a percepção por ser seu filho”. Admitindo essa verdade, o que fazemos? Criamos histórias para nos enganar diante do ser que não presta, parte nossa… Mas sabemos dessa verdade desde o primeiro vagido da “criancinha”, ah, sabemos!