Tudo na vida é ponto de vista. O que para você pode ser uma boa, para mim não passa de uma fria… Verdade que vale, mais que tudo, para a felicidade. Acabo de ver um documentário sobre felicidade no Canal Curta. O documentário se alicerçava sobre o esforço de muitos psicólogos, filósofos, gente esforçada para encontrar uma psicologia que facilitasse a felicidade para toda uma comunidade, uma felicidade mundial, tentativa inútil. Um sujeito pode estar nadando no dinheiro, ter uma bela companheira ao lado, ter saúde plena, estar, enfim, numa boa, pois mesmo assim esse tipo vai querer liquidar com muitas pessoas. Um ranço típico dos humanos. Ora, se é impossível termos uma sociedade assentada por pessoas felizes, qual a saída? Cuidarmos de nós. E sem que isso signifique egoísmo, egocentrismo ou a patologia que for, é impossível fazer os outros felizes. Uma coisa é dar um presente a alguém, ajudar esse alguém num determinado momento, mas… Paremos por aí. Pouquinho tempo depois dessa ajuda a pessoa esquece que foi ajudada ou fica pensando que a ajuda bem que poderia ter sido maior. Pessoas equilibradas, honestas de caráter e iluminadas na cabeça são tão raras quanto um galo de três patas… E nós sabemos disso, ô, se sabemos! E isso tudo sem esquecer que nós, adultos, temos que segurar a língua ao voltarmos do trabalho para casa. Se alguém chegar em casa reclamando do trabalho, a criança, o filho, a filha, pode achar que, se estudar muito e for bem-sucedido/a no futuro vai mesmo assim viver triste e se queixando, como os pais. Não somos santos e isso tem que nos fazer segurar a língua perto das crianças e entender que felicidade não se ensina, mas… Podemos evitar uma infelicidade mais cedo na vida dos que pensam que os adultos são perfeitos. Um dia essas crianças vão crescer, como nós crescemos, pelo menos crescemos no tempo de vida. Em casa, guardemos as reclamações do trabalho para sussurrá-las, se for o caso, à mulher ou ao marido, jamais perto de crianças. A culpa pelo sapato apertado não é do sapato, é de quem o comprou. Jogar culpas pessoais nos ares da leviandade produz mais infelicidade, porque nos porões da cabeça sabemos que felicidade depende de nós.
VÔMITO
Uma mandou matar os pais enquanto dormiam, ficou um tempinho na cadeia, saiu e casou com um médico, vive numa boa… Outra gastou todo o dinheiro da turma de formandos, ela era a tesoureira do grupo, foi descoberta, deu um bafafá, mas… Ouça a manchete: – “Aluna que desviou dinheiro da formatura ganha registro no Conselho Federal de Medicina”. Doutora, diplomada… E qual a punição que vão dar (?) ao “gurizinho”, 14, que, por estes dias, matou a mãe, o pai e o irmãozinho? E se os mortos fossem parentes de “autoridades”? Ah, aí haveria justiça. Cuidado, vêm mudanças…
ELAS
Você já ouviu falar de uma “alfaiata”, uma mulher que faça roupas para homens? Duvido. Por outro lado, ouça a manchete desta semana: – “Homens continuam a dominar principais cargos criativos da moda feminina”. Em todas as grandes grifes, eles mandam. E elas? Vestem sem discutir. E a misoginia de que muitas se queixam?
FALTA DIZER
Deixando as doenças de fora, a vida está ruim, chata, sem graça? Claro que está… Sim, mas de quem é a culpa? É aqui que o bicho-papão da vida nos pega, a culpa é nossa; falta de consciência e ação. Sem dedos apontados nem choro. Mudança honesta e imediata, já!