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Fecha ou não?

Por: Luiz Carlos Prates

02/06/2016 - 04:06

Ouça esta e depois me diga o que você acha: – “Há uma diferença entre ser pobre e estar quebrado. Estar quebrado é algo temporário, ser pobre é algo eterno”. E aí, concordas? Claro que a proposta encerra alguns pensares.

Antes de mais nada, a expressão – ser pobre – é muita elástica. Num primeiro momento se pode pensar, e é assim que a maioria pensa, que ser pobre é não ter dinheiro. Não deixa de ser verdade, mas pode ser bem mais que isso. Ser pobre pode significar um jeito de ser, e nesse caso, a pessoa pode ter o dinheiro que tiver no banco e continuar “pobre”. Ter uma cabeça pobre é o que faz pobre uma pessoa. E estar quebrado é mesmo uma situação que pode ser passageira; já ser pobre é modo de ser.

Sim, tudo bem, mas aonde vamos chegar com esta conversa? A melhor riqueza possível: ser rico na cabeça. Porque, vamos combinar, não há nada mais infeliz e trágico na vida do que ter uma cabeça pobre. Há modos de ser rico na cabeça: pensar bem, pensar com altivez, com boa percepção do que nos cerca, uma cabeça arejada, enfim. Isso independe de ter a pessoa ou não dinheiro no banco.

Quem impede que invistamos na cabeça para deixá-la mais “rica”? Quanto mais nos ativermos às leituras, das mais diversas, mais riqueza teremos na cabeça/memória para pensarmos de modo mais rico, abrangente, compreensivo… Quem nos impede de apreciar uma arte de melhor qualidade, de ouvirmos uma música mais apurada, de elevarmos o teor de nossas conversas, de nos aproximarmos mais das pessoas com melhor nível e mais riqueza no pensar, dizer, agir e viver? Ninguém. Somos livres para enriquecer nossa cabeça e nossa personalidade.

Mas há quem diga que quem nasceu para a pobreza existencial, ah, esses não têm cura. Será? Penso que sim, pelo menos nesta vida. Como nesta vida? Sim, não esqueço de uma frase psicografada por Chico Xavier. Ele dizia que – “Na vida, cada um de nós abrange a paisagem de acordo com o degrau em que se encontra na escada evolutiva”. O “espírito” que lhe mandou esta mensagem sabia/sabe das coisas. De fato, por maior que seja o esforço de muitos, eles parecem estar lá embaixo na escada dos valores humanos, e gente que foi aos melhores colégios e teve as melhores oportunidades na vida.

Como não podemos provar sobre essa “escada”, melhor é buscar a riqueza dos sentimentos e dos saberes, buscar sair da pobreza existencial e chegar à riqueza espiritual. A única.

Multa
Ouça esta: – “Cetran estabelece jeito seguro de multar os motoristas que tiram fininho dos ciclistas”. Sim, e quando os ciclistas vão pagar impostos, multas, habilitações, tudo? E quem os disciplina para ficar lá junto ao meio-fio e não andar fazendo ziguezague por aí tudo, sem falar em andar na contramão ou com crianças na bicicleta e fones de ouvidos enfiados nas orelhas? Coitadinhos não!

Falta dizer
O sujeito, casado, está do outro lado do mundo e encontra a Miss Mundo, saindo do banho e lhe piscando o olho. Ele só não vai “namorá-la” ou por medo ou por desinteresse. Nunca por amor a alguém que ficou lá atrás…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.