Faltando combustível?

Por: Luiz Carlos Prates

11/02/2016 - 08:02 - Atualizada em: 11/02/2016 - 08:48

Vamos dar umas voltas pelo quarteirão das obviedades? Obrigado. Perguntas, você sabe, são chaves que abrem portas, quem sabe mesmo, todas as portas. Então, vamos lá.

Por que você vai à geladeira? Não há mais que duas razões. Uma, você está com fome, o estômago mandou sinais; outra, você está sentindo fome de energia emocional… Não há uma terceira razão. Pronto, aqui a coisa já encardiu. O combustível do corpo físico é o alimento, precisamos de pouco, não muito… Todavia, o “alimento” emocional nos pode ser necessário em muitos momentos, e o será toda vez em que nos encontrarmos “pra baixo”. E esse déficit vem das carências, das frustrações, das mágoas, dos sentimentos, arranhados no cotidiano. E o pior de tudo, essas mágoas todas bem que podem ser geradas pelas fantasias do nosso inconsciente.

Uma mulher bonita, por exemplo, mas que se vê feia no espelho da vida, é uma carente emocional, se ela não se cuidar, vai comer além do necessário e pela singela razão de que poucas são as ações que mais nos compense que uma boa comida, um doce, um quitute da geladeira… Naqueles poucos minutos em que estamos comendo nos sentimos bem, esquecemos as nossas mágoas. Não é outra a razão por que há tantas pessoas “adultas” acima do peso, e também porque é-nos tão difícil perder alguns quilos. No consciente quero emagrecer, mas inconscientemente preciso de mais e mais compensadores energéticos emocionais.

Claro que há outros compensadores emocionais que bem nos podem dar a energia emocional positiva de que precisamos, mas a geladeira é mais fácil, mais tentadora, está mais perto e não nos exige qualquer sacrifício, é cair nos braços dela… E depois? Depois vem a culpa e mais afundamos na depressão emocional, que nos abala a energia vital de que precisamos. A fome emocional requer alimentos emocionais, e a comida é o caminho mais curto ainda que errado, mas se a pessoa se der a um trabalho um pouco mais demorado, ou nem tanto, bem que pode se recompor dessa “desnutrição” emocional com outras atividades. E aí pode ser o que for, desde que dê prazer e eleve a autoestima, como estudar um idioma, por exemplo, ou o que for, a lista de compensadores energéticos emocionais é infinita, a comida é apenas o caminho mais curto. E como o ser humano na vida é regido pela Lei do Menor Esforço, tudo fica fácil de entender. Falando nisso, acho que vou à cozinha…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.