Para surpresa de poucos, o governo Lula acaba de bater mais um recorde negativo. Com os gastos crescendo mais que a arrecadação, o governo central registrou déficit primário de R$ 58,4 bilhões em fevereiro. Este é o pior resultado do mês desde o início da série histórica, em 1997. E não precisa ser adivinha para saber quem terá que pagar a conta da falta de gestão e da irresponsabilidade.
O rombo nas contas federais, já descontando a inflação, foi 37,7% maior que o apurado em fevereiro de 2023. Este resultado primário representa a diferença entre o que o governo arrecadou e o que gastou, sem contar os juros da dívida. E, como já era de se esperar, o governo federal segue gastando mais do que deveria. É uma irresponsabilidade sem tamanho, de um governo sem planejamento, sem inteligência e com velhas políticas.
Os números representam a soma dos resultados de Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social.
Segundo o relatório do Tesouro, a receita líquida aumentou 23,4% em termos reais na comparação com fevereiro do ano passado, chegando a R$ 132,5 bilhões. Porém, nem este forte aumento da arrecadação foi suficiente para compensar o crescimento ainda maior das despesas.
Parte dessa alta se deve a uma mudança no calendário de pagamento dos precatórios. A quitação foi antecipada dos meses de junho e julho para fevereiro, aumentando as despesas do mês em R$ 29,6 bilhões.
Mesmo assim, a velocidade do crescimento dos gastos foi quase o dobro do avanço da arrecadação. A conta não está fechando e quem, novamente, vai pagar por este desequilíbrio é o povo.
Com esses números, podemos afirmar que a meta de zerar o déficit das contas públicas em 2024 está cada vez mais distante. Por isso, temos que pressionar. Será necessário muito mais por parte do governo para colocar as contas em dia e voltarmos a crescer. E, o governo federal terá que entender o recado.