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Falar e fazer – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

28/04/2025 - 08:04

Você sabe que eu tenho uma caixa de sapatos cheia de frases. Quando digo isso, abro a porta para que pessoas pensem que estou fazendo uma frase fantasiosa. E muitos podem pensar: – “Claro, ele tem frases, sim, mas no computador”! Não, não é no computador. Gosto do tato, do cheiro dos pedacinhos de papel das frases, e sempre à minha espera. Sem esquecer do livro que também me está sempre por perto, o livro: – “Farmácia de Pensamentos”, de Sônia de Aguiar, carioca. Dou estas voltas para relembrar que frases, pensamentos, livros, são farmácias. Farmácias com remédios para todo e qualquer mal a que possamos nos expor. Vamos lá. Uma frase histórica diz que – “É mais fácil dizer do que fazer”. Ninguém contesta. Todos nós, num momento ou outro, dizemos – Ah, vou fazer, vou acontecer, vou mudar tudo, vou isso, vou aquilo e… Fazemos? Claro que não, só nos mexemos quando a corda está muito apertada no pescoço da nossa vida. Fácil dizer… Ah, quase esqueço do assunto. É que acabei de ler, pela milésima vez, algo a envolver os humanos e seus trabalhos. Estúpidos, escravagistas, espertalhões milenares, um dia inventaram que teríamos que comer o pão nosso de cada dia com o suor do rosto. Uma frase que tanto é uma maldição quanto uma esperteza. Uma esperteza para fazer as pessoas trabalhar como escravas para eles, sob a mentira de que era para saldar um pecado. Que pecado? Trabalhar nunca foi castigo, pelo contrário, é benção, haja vista o pão que os desempregados não comem e que gostariam de comer com o abençoado suor do rosto, suor do trabalho. Acabei de ler uma proposta do Conselho Federal de Psicologia para um treinamento, um curso sobre – “As jornadas laborais intensas e os conflitos internos têm contribuído para prejuízos na saúde física e mental de trabalhadoras e trabalhadores, como o aumento dos quadros de estresse, ansiedade e depressão…”. Bela proposta, mas penso que errados estão os “esgotados” pelo trabalho. Temos muito mais “infernos” familiares que no ambiente de trabalho, mas… É o trabalho que leva a pua das culpas. Quem faz o de que gosta, quem tem entusiasmo, caráter e boa vontade cresce, sente-se feliz no trabalho e tira de letra os ranços dos outros. Mas, reconheço, é mais fácil falar do que fazer…

PERGUNTA

Uma cronista de jornal, paulista, escreveu uma coluna cuja manchete era esta: – “Relacionamento entre uma mulher bem realizada financeiramente e um homem desempregado é possível”? Respondo. Claro que é, não é o desemprego eventual que impede um bom casamento, é sempre o caráter, dele ou dela. Ademais, emprego se recupera, desde que haja vontade e vergonha na cara, mas caráter torpe jamais… Olhos abertos e sinceridade fazem bem para o coração…

DESESPEROS

Muitas pessoas, especialmente depois de certa idade, vivem desesperos silenciosos ou sonoros em suas vidas. Motivo? Mais das vezes por falta de uma meta, de uma razão por que levantar pela manhã. E sem a desculpa de que – Ah, já tenho 80, 90 anos, sem essa desculpa. O propósito, a meta não envelhece e jamais se aposenta. A vida sem um motivo relevante deixa de ser vida, é sobrevivência miserável, o que agudiza a consciência do “ponto final”…

FALTA DIZER

Cada vez mais pessoas dizem que gostariam de parar de sofrer. Esse sofrimento está no modo de pensar e reagir à vida. E sabendo que o único poder que temos na vida é sobre nossos pensamentos, a solução está em nós, mudando pensamentos e valores. Sem mudanças ninguém se cura.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.