Em mais uma postagem simpática à minha pessoa, o famoso colunista social de Jaraguá do Sul, o irreverente MOA GONÇALVES, ao saber que um dos “mais chatos” da cidade (eu, um dos “eleitos”, certamente, por avidez da minha “sinceridade corajosa” e do meu currículo familiar, social e profissional) estaria indo morar em Barra Velha, escreveu: “EMILINHO, saiba que admiro muito você … continue sendo lá na orla, esta pessoa autêntica, como você sempre foi … não mude nada, tá ?!?”
Pois esta opinião do MOA me remeteu a um dos maiores pensadores da história, do qual muito li lá atrás, na minha juventude (principalmente, entre 18 e 25 anos, na época da pujança soviética e de meu curso de Engenharia na UFSC 1971-1975): Fiódor Mikhailovitch DOSTOIÉVSKI (1821-1881).
Atribui-se a ele, DOSTOIÉVSKI, a seguinte frase “a tolerância chegará a tal ponto que as pessoas inteligentes serão proibidas de fazer qualquer reflexão”, uma crítica dura ao que ele considerava o perigo de uma sociedade que, em nome da tolerância, acabava reprimindo o pensamento crítico e a liberdade intelectual.
Esse pensamento reflete uma das preocupações mais profundas do autor russo: o embate entre o indivíduo pensante e a sociedade que, em busca de harmonia e conformidade, tende a suprimir a reflexão crítica e a originalidade.
DOSTOIÉVSKI viveu na Rússia do século XIX, uma época marcada por profundas – como atualmente, de novo – mudanças sociais, políticas e intelectuais, com revoluções políticas e movimentos filosóficos globais, influenciando o debate sobre liberdade, moralidade e o papel do indivíduo na sociedade.
Como autor profundamente crítico tanto do autoritarismo do Estado, quanto das ideologias utópicas, DOSTOIÉVSKI as via como perigosas para a autonomia do indivíduo, mesmo que em nome de uma suposta salvação coletiva.
Assim, a frase “falar a verdade nunca pode ser um crime” expressa um ideal elevado; contudo, se colocado à prova no mundo real, encontra muitas exceções e nuances, pois, embora a verdade seja um valor essencial para a justiça, a liberdade de expressão e a vida em sociedade, existem momentos em que sua divulgação pode violar outros direitos igualmente importantes, como a privacidade, a segurança e a dignidade das pessoas.
A intolerância chegou a tal ponto que, atualmente, quando alguém explicita qualquer reflexão, considerada “conservadora”, é chamado de radical ou … “chato”
Ou seja, a verdade deve ser dita, mas o contexto, a forma e a intenção por trás dessa fala são cruciais para determinar se o ato de falar a verdade é moral, ético ou mesmo legal.
Isto é, falar a verdade é um direito, mas, como todo direito, vem acompanhado de deveres e responsabilidades, que devem ser cuidadosamente considerados.
É o caso quando alguém, como eu, se opõe explicita e claramente à tirania da “cultura woke”, para a qual tudo é normal como, por exemplo, a ideologia de gênero, a politização dos educadores, o direito ao aborto, o Movimento MST, os entraves ecológicos e o ativismo em prol da justiça sócio-igualitária.
Enfim, a frase de DOSTOIÉVSKI sobre a tolerância é uma advertência poderosa sobre os perigos de uma sociedade que, em nome de evitar conflitos, inibe o pensamento crítico e silencia as mentes mais reflexivas.
Isto porque, o pensamento independente é vital para o progresso e a saúde moral e intelectual de uma sociedade e a tolerância nunca pode ser distorcida para significar conformidade e silêncio, com as pessoas perceptivas (melhor, “sensivelmente inteligentes”) – aquelas que mais contribuem para a reflexão e o avanço social – sendo rotuladas como “foras da casinha”.
Pois, MOA, redestacando que a verdadeira tolerância não é a que suprime a divergência, mas a que promove o debate honesto e aberto, mesmo quando isso significa enfrentar ideias desconfortáveis, aqui em nossa “full work city”, aqueles poucos – como este articulista aqui – que desafiam abertamente padrões conformistas, fazendo balançar desconsertadamente as mentes de alguns, dizendo verdades insofismáveis, são incluídos em “concursos de chatos”.
Mas, cá venhamos !!! … melhor que “de omissos”, não ?!?
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𝕰𝖒𝖎́𝖑𝖎𝖔 𝕯𝖆 𝕾𝖎𝖑𝖛𝖆 𝕹𝖊𝖙𝖔
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