Os topetudos dizem isso, faço o que quero, mas… Não fazem não. Só fazem ou vão fazer o que suas “programações”, como de computadores, permitirem. Vale para todos nós, o Papa não faz o que quer. Acabo de ler um artigo assentado sobre um discurso de um professor de neurologia da Universidade de Stanford, EUA, Robert Sapolsky, 66. A manifestação do professor tinha por título – “Livre-arbítrio não existe”. Livre-arbítrio é essa impressão que temos de que podemos tomar qualquer decisão, nossa cabeça decide por nós e decide como bem entender. Parece assim, só que nossas ações são limitadas por nossas histórias. Histórias pessoais que começam no primeiro piscar, depois da expulsão do Paraíso, o único paraíso que até hoje existiu e vai continuar a existir: o ventre da mãe. Pensamos que nossas decisões são livres e esquecemos o “Período de Molde”, de que tantas vezes sobre ele aqui falei. Esse período, que nos marca o início dos condicionamentos dos nossos comportamentos, começa, como disse, ao nascermos e é estruturado pelos “velhos” que nos cercam. Esses “velhos”, a começar pelo pai e pela mãe, nos passam seus valores, nos vão condicionando ao nosso futuro modo de ser. Valores de todo tipo, crenças idiotas de ordem religiosa, valores políticos, sociais, profissionais, de tudo, nos são passado pelos “idosos” que nos cercam do nascimento até por volta dos cinco para seis anos. Esse é o período de molde, ninguém escapa. Depois temos a nossa biologia, variável, dona de muitos dos nossos comportamentos, temos as influencias ambientais, temos as convivências com estranhos, tudo na infância, são tijolos que alicerçam nossa personalidade. E crescemos a partir dessas misturas, tudo o que a vida nos enfiou goela abaixo, sem escapes. Dessas vivências forma-se a personalidade, nosso modo externo de ser, e nosso caráter, nossos valores da vida. Diante de todo esse amálgama, como ser livre para ter livre-arbítrio? E é por isso que a severa educação na infância e as leis e suas incondicionais aplicações são indispensáveis para que a sociedade sobreviva. Quando digo “vou fazer isto, não vou fazer aquilo” pode parecer uma decisão superior da minha cabeça, mas não o é. Tudo decidido a partir do que me foi programado ao longo da infância e solidificado mais tarde… Mas existem os “milagres”, creio neles, ainda bem…
LÍDERES
Acabei de ler num site de jornalismo, nosso, daqui mesmo: – “Casos de estupro aumentam 103% em Santa Catarina, que tem maior alta no país”. Tem cabimento? Estado “religioso”, de elevadas etnias europeias, isto e mais aquilo e… Fora dos trilhos? Em feminicídio também estamos lá em cima. Pegar esses caras que se aproveitam da força física para violentar mulheres e fazê-los pagar “devidamente” pelo que fazem. Canalhas, covardes! E a “justiça”?
CONSELHO
Dou um conselho às mulheres que não se respeitam: não vão à delegacia, pressionadas, dizer que levaram um tombo em casa e se esfolaram quando na verdade levaram foi uma sova do marido, quer dizer, do broxa. Muito comum. Os delegados sabem na hora o que aconteceu, fica feio para as mulheres que não têm coragem de romper com o impotente, o “maridão” que só bate em mulheres. Mais feio ainda quando a mulher é assumida como famosa, bah, um desastre!
FALTA DIZER
A vida que nos resta começa hoje. E daí, será que vamos arregaçar as mangas e vivê-la com a intensidade de um propósito e a boa vontade que abre as portas do bem-estar? Ficar esperando e parado vai trazer severos arrependimentos. Tardios.