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Facisc avalia 2022 com bons olhos e espera 2023 desafiador

Divulgação/Fiesc

Por: Pedro Leal

23/12/2022 - 06:12 - Atualizada em: 23/12/2022 - 08:06

A economia de 2022 foi avaliada pela Facisc com olhos otimistas. O Produto Interno Bruto (PIB) do País cresceu no segundo trimestre de 2022 e em relação ao mesmo período do ano passado.

“O Brasil cresceu mais que os países do grupo das sete maiores economias do mundo (G7) e cresceu mais que a China no primeiro semestre de 2022. Ainda que o cenário político devido às eleições tenha sido conturbado, a economia deu sinais da retomada pós pandemia”, explica o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves. A inflação está em queda, bem como suas previsões.

O nível de atividade vem surpreendendo positivamente e as projeções de crescimento para 2022 vêm sendo revistas para cima. A previsão de crescimento do PIB em 2022 está sendo elevada de 1,8% para 2,8%.

Outro dado destacado pela Facisc é a queda do gasto público de 26% para 18,7% do PIB e que a taxa de desemprego caiu de 14,9% para 8,9%, com a criação de mais de 17 milhões de novos empregos nos últimos dois anos.

“Superamos uma pandemia, uma crise hídrica e ainda vivemos uma guerra Rússia e Ucrânia”, diz Alves.

Preocupação com a dívida pública

Já o ano de 2023 é visto pela Federação como desafiador. O cenário se desenha com uma grande preocupação com a dívida pública que pode saltar dos 77% do PIB para até 90%. “Isto é preocupante porque o Governo vai ter que criar linhas de crédito para fazer a economia girar e não estagnar conforme as previsões”, destaca Alves.

Por outro lado, Alves não acredita em aumento de impostos, mas no aumento do gasto público como se desenha a PEC do Fura Teto e os aumentos com o Bolsa Família. “A PEC vai dar margem para gastos à vontade”, destaca com preocupação.

Para Alves, na esfera Federal muitas dúvidas pairam no ar. “Nosso histórico de Governo PT não traduz aquilo que precisamos: uma economia aberta e menos dependente da política. Temos grandes riscos de não conseguirmos avançar nas inúmeras conquistas que já tivemos em relação a reformas, concessões e privatizações.”

Alckmin

Apesar da promessa de Lula de que “Alckmin não seria ministro”, o futuro vice-presidente Geraldo Alckmin vai assumir o Ministério de Indústria e Comércio. O convite a Alckmin veio depois de duas recusas de empresários da indústria — Josué Gomes da Silva, da Coteminas, e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra. O vice-presidente não se encaixa exatamente no perfil que Lula havia desenhado para a pasta – “um cara entendido em Comércio e que saiba vender os produtos do Brasil lá fora”

Criptomoedas

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que regulamenta o mercado de criptomoedas, com definição de ativos virtuais, prestadoras e do crime de fraude com com utilização de criptoativos e suas penas. O texto (Lei 14.478, de 2022) foi publicado na edição de quinta-feira (22) do Diário Oficial da União (DOU) e passa a valer em 180 dias.

De acordo com a nova lei, as prestadoras de serviços de ativos virtuais somente poderão funcionar no país mediante prévia autorização de órgão ou entidade da administração pública federal.

IRPF

A Receita Federal abriu, na quinta-feira (22), consulta ao lote residual de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de dezembro de 2022. O crédito será feito no dia 29 de dezembro para mais de 488.637 contribuintes. Neste lote, o valor das restituições é de mais de R$ 903,37 milhões.

Qualifica

Na noite de quarta-feira (21), no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, formaram-se 171 alunos do Programa Qualifica Jaraguá. O programa é uma iniciativa da Prefeitura de Jaraguá do Sul, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação, em parceria com Fiesc/Senai e oito empresas de Jaraguá e região.

BNDES

O futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou na quarta-feira (21) os novos diretores da instituição financeira. Entre os nomes, estão ex-ministros, empresários e integrantes do mercado financeiro. O futuro presidente da instituição também anunciou que o BNDES buscará fontes externas de recursos para compensar as restrições no Orçamento de 2023, como o Fundo Amazônia, que tinha R$ 1 bilhão parados e que será liberado.

 

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).