A recente notícia do estupro de uma adolescente de 14 anos em Guaramirim, dentro de sua própria casa por um homem de 27 anos, é mais um choque para a sociedade, que também é estuprada. Este crime hediondo deve ser repudiado com veemência e nos impõe a responsabilidade de refletir e agir para evitar que tais atrocidades sigam acontecendo. A violência sexual contra menores é uma epidemia silenciosa que corrói a sociedade brasileira.
A cada novo caso, fica evidente a urgência de uma resposta coletiva firme e eficaz. Não podemos mais permitir que crianças e adolescentes sejam vítimas dessa barbárie sem uma reação proporcional e imediata de todos os setores da sociedade. Para combater essa realidade assustadora, precisamos, em primeiro lugar, fortalecer a educação sexual em todos os níveis escolares. A informação é a principal arma contra o abuso.
Crianças e adolescentes devem ser ensinados sobre seus direitos, sobre como reconhecer situações de risco e, principalmente, sobre como buscar ajuda. Precisamos romper o tabu que existe, sobretudo nos lares, e permitir que a educação sexual seja tratada com a seriedade e a importância que merece. O sistema de justiça, por sua vez, deve ser implacável.
O crime de estupro precisa de resposta rápida e punições exemplares. A sensação de impunidade é um combustível potente para que crimes como esses continuem a ocorrer. É essencial que os agressores saibam que enfrentarão as consequências de seus atos. Além disso, políticas públicas voltadas para a proteção infantil e das mulheres devem ser ampliadas. É crucial que haja uma rede de apoio eficaz para as vítimas e suas famílias, incluindo assistência psicológica e social.
Profissionais de saúde, educação e segurança precisam de treinamento contínuo para identificar e lidar com casos de abuso de forma apropriada. A denúncia é uma ferramenta poderosa, mas muitas vítimas e suas famílias ainda têm medo ou desconfiança das autoridades. Precisamos criar um ambiente em que a denúncia seja encorajada e protegida, onde as vítimas sintam-se seguras para falar e tenham a certeza de que serão ouvidas e apoiadas. O caso de Guaramirim é um lembrete doloroso de que precisamos fazer mais, e fazer melhor.