Estrelas dão sorte? – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

23/07/2024 - 07:07

Já ouvi incontáveis pessoas bocejando enquanto a tevê mostra atletas olímpicos em disputas, em “exibições”, exibições para os outros, não para eles, atletas. Acabei de ler uma manchete que me deixou irritado. Ouça – “O que a astrologia diz sobre atletas do Brasil nas Olimpíadas”. Astrologia? Bah, uma invenção dos tempos em que os humanos só comiam capim, tempos em que precisavam acreditar na lua, no sol, nas estrelas, gente que buscava desculpas para poder justificar suas encrencas na vida. Tudo no céu e na terra exerce influência sobre nós, mas não nos dá cartas marcadas para o sucesso ou a infelicidade na vida. Acreditar em destino é desprezar a energia “atômica” que há dentro de cada ser vivo. E nós, com a aparente racionalidade, ficarmos a apontar o dedo para as estrelas e assim justificar nossa “sorte” ou “azar” na vida é de uma leviandade que não a quero chamar de estupidez. Ah, os astros vão influenciar os atletas brasileiros nas Olímpicas? E não é engraçado que os “astros” sempre ajudem os melhores? Temos que pôr na cabeça que – tudo é possível ao que crê – e pela singela razão de que ninguém é louco para querer um impossível, nós sabemos dos impossíveis em nossa vida. Quando sonhamos com alguma coisa é porque lá no fundinho da alma sabemos que é possível, ainda que muito difícil, quase impossível. Mas de quase ninguém morre… Já falei disso aqui que as verdadeiras Olimpíadas são as Paraolimpíadas. Essas sim, essas provocam vergonha na cara dos acomodados, dos desculpistas da vida. Os caras, eles e elas, dos jogos paraolímpicos disputam sem pernas, sem braços, cegos, de tudo um pouco e… Vencem. Dia destes também falei aqui da “sensitiva” que estava passando “simpatias” para ter sucesso nos negócios. Ora, é só falar com um empresário de sucesso e perguntar a ele qual é a simpatia para se dar bem nos negócios. Nem vou perder tempo dizendo dessa simpatia, afinal, quem é que não sabe… Quando era pequeno, minha mãe me levou a um “religioso” para ele me dar energias para tirar boas notas no colégio e passar de ano. Nunca esqueci, o religioso jogou fumaça na minha “carinha” e me mandou estudar duas horas por dia, em casa, antes das aulas na escola. Inesquecível. O cara tinha toda razão…

SOLIDÃO

A solidão derrete o sorvete interno de todos nós. E a solidão na velhice é um desastre sério, tão sério que os americanos inventaram os bichos de estimação robóticos. Pássaros, cães e gatos robóticos, quer dizer, “enganações” mecânicas para que os velhos solitários tenham companhia. Diga-me se pode isso! Hoje vale tudo, mas, fique claro, muitos dos idosos solitários têm filhos, filhos dito homens, os piores para ajudar os pais idosos. Ou a solidão é combatida por humanizações ou… O pior.

TEIMOSIA

A teimosia tem irmão gêmeo, o apego. Apegar-se ao que já foi é desespero inútil. Temos que viver abrindo espaços para o novo em nossa vida, e mandando para longe o que já foi, o que passou. Só com essa consciência podemos abrir a porta larga da vida para uma vida melhor. Apegos? Só aos verdadeiros princípios morais, o resto costuma ser lixos da memória…

FALTA DIZER

Os alunos com notas mais altas são mais inteligentes que os de notas baixas? Não, não são. O que faz os alunos, ou todos nós, seja no que for, aprender com mais eficiência é a vontade e o prazer de aprender. Quem estuda com prazer aprende, facilmente, o que quiser. Mesagem…

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.