Esperemos sentados! – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

30/05/2024 - 07:05

Se eu estivesse agora num grupo de pessoas conhecidas, faria a cada uma delas uma pergunta que bem posso fazer a você, leitora, a você, leitor: – “Quem são seus exemplos mais fortes na vida, a quem você imita”? Muitas pessoas ficam incomodadas diante dessa pergunta, ora, isso é coisa que se pergunte, eu não imito ninguém, não sigo os passos de ninguém…! Sim, essa é a resposta mais comum e imediata, mas não fecha, não é verdade. Vivemos em sociedade, sociedade tem como sinônimo “cultura” e cultura é o que um determinado povo faz no tempo e no espaço. Logo, as culturas são múltiplas e caracterizadas por seus hábitos e costumes. Assim, somos todos “imitadores”, não temos como escapar. Uma criança segue os passos do que ela vê e ouve dos pais. Mais tarde, casos eventuais e diversos, a pessoa adulta vai seguir os exemplos de pessoas que lhe provocam admiração. Não temos saída, somos imitadores. Vim até aqui para propor um teste, já fiz isso na década de 90, quando escrevia colunas no extinto Diário Catarinense. Já que vivemos em sociedade e sociedade significa exemplos e imitações constantes, qual seria a reação do povo se os seus representantes lhes passassem uma mensagem intrigante? A mensagem seria assim: o presidente da Câmara, do Senado, o Presidente da República, o presidente do Supremo, todos os bacanas, enfim, começariam a chegar para o trabalho com um livro debaixo do braço. Não diriam de que livro se tratava, não falariam nada, a provocação seria o visual: o cara chegando com um livro debaixo do braço. A imprensa ficaria louca até descobrir o tipo dos livros. Dias depois, os bacanas, as figuras em destaque, revelariam que livro era, que livro estariam lendo, tipo de literatura, autor, autora, o roteiro, enfim. Feito isso, ó, estou apostando todos os dedos, esses livros explodiriam em vendas. Por imitação, por curiosidade, milhares de “leitores” apareceriam no Brasil, curiosos, leitores levados aos livros pela curiosidade e, sobretudo, pela imitação. Façamos o teste. Vivemos, já disse, em sociedade, sociedade é cultura e cultura são hábitos, imitações e multiplicações dos iguais ou parecidos. Leitora, leitor, tirem o cavalinho da chuva, esperem sentados… Jamais vamos ver um “bacana” com um livro debaixo do braço, mas nos bolsos e bolsas eles têm muita coisa, ô… Eu imagino…

POBREZINHAS

Sem brigas, sem ranços, aqui entre nós, você não acha um acanhamento mental a pessoa falar mal das vacinas, não acreditar nelas? Crianças, pobrezinhas, andam sendo derrubadas por doenças respiratórias e outras complicações por não terem sido vacinadas contra a gripe. Vacina de graça, ali na esquina. Os adultos que se lixem, opa, desculpe-me, que se cuidem, mas as crianças precisam ser cuidadas. Pobrezinhas das órfãs de pais vivos, muitíssimas delas.

FUTURO

Como ninguém quer morrer cedo, então, temos que fazer investimentos para manter a saúde e chegar lá adiante. Olho vivo nas comidas, cuidado com as bebidas, distância das drogas, cuidado com os remédios indevidos, fazer exercícios regulares, não esquecer da poupança, comportamentos e cuidados que vão produzir o bom caminho para a velhice, para a velhice tranqüila e saudável. Quem não pode? Não vou dizer, hoje estou preocupado com a educação… Arghf!

FALTA DIZER

Acabei de ler – “Óleo natural antirrugas previne o envelhecimento precoce da pele; Veja…”. Não fui ver, mas é claro que é cosmético para mulheres, os homens podem deixar “cair” tudo, mesmo assim elas, em maioria, correm atrás deles. Não seria a hora de as mulheres acordar para o seu poder? Enruguem-se como eles…

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.