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Entender e viver – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

25/07/2025 - 07:07

Fácil? Fácil, uma figa, como se dizia no tempo antigo e na frente do boteco. Nada de significativo na vida é fácil. Iniciei minha carreira no jornalismo pelo esporte, foram 25 anos ininterruptos de coberturas de todo tipo. Iniciei como narrador de basquete e futebol de salão numa rádio essencialmente esportiva, a Rádio Porto Alegre. Fins de semana eu passava no ginásio da Sociedade Ginástica Porto Alegre, cobria, como repórter, todo tipo de esportes amadores. Essa vivência me fez ver com outros olhos a expressão americana – “No pain, no gain”. Essa expressão – no pain, no gain – está em quase todos os ginásios esportivos dos Estados Unidos. É uma lembrança aos atletas de que é preciso “gemer” para ser vitorioso… Só que é preciso lembrar que a palavra “pain”, dor, não significa necessariamente a dor física. Neste caso, a “dor” é sinônimo de esforço, muito esforço. E era aqui que eu queria chegar. Estamos diante de uma sociedade que mais e mais quer o “ganhar” sem a “dor”, a dor do suor. Vale para tudo. Casar, por exemplo, não é loteria, é atenção, olhos abertos, ouvidos escancarados para que por esses esforços (dores) cheguemos à vitória, ao “gain” da felicidade. Políticos brasileiros, por maioria constrangedora, querem o “ganhar” sem as “dores” do ser proativo, corretos, voltados para as causas populares, respeitosos, enfim, da ética e das boas ações. Vale para nós todos, seja qual for o nosso plano na vida. E o que se vê e mais se ouve? Que a Geração Z, jovens entre 18 e 27 anos, quer mamatas, levezas, flexibilidades, vantagens de toda sorte. E a “pain”, e a dor, para chegar ao “gain”, à vitória? – Ah, isso é para os trouxas! É o que pensam, copiando os pais, por certo. Nenhum vencedor na vida, nenhum dos honestos milionários, fica na cama até tarde ou não sua por todos os poros, porém… Os invejosos dizem que aí tem. Tem sim, têm esforços contínuos, muito “pain” para chegar ao “gain”, de outro modo seria uma longa conversa com o delegado… Aliás, a imprensa brasileira e as redes sociais não abriram a boca para falar da jovem brasileira recentemente pontuada como a maior aluna da história da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A inveja do “gain” alheio revela a “pain” da maioria.

GOTA

Um casal se separa. Claro, houve razões. Numa conversa entre amigas, a mulher recém-divorciada diz que uma recente traição do marido foi a gota-dágua. Errada, ou falsamente ingênua. A gota que nos faz transbordar alguma coisa ruim na vida não foi a culpada. A culpada foi a “primeira” gota, gota engolida e relevada. Num relacionamento “afetivo” nenhuma gota deve passar em branco. É o que mais acontece, copos cheios de “gotas”. Acordar faz bem.

HORROR

Os pais não devem, jamais, forçar a barra para o futuro profissional dos filhos. Acabei de ver imagens de uma famosa da televisão, casada um famoso dos domingos, dançando como estonteada em casa e… A filha, menina, fazendo o mesmo junto com ela. É o que mais fazem os pais levianos, maioria absoluta do que andam por aí…

FALTA DIZER

Nus, no meio da floresta da vida, somos todos iguais. Se estivermos com saúde, seja no meio do mato ou no centro de São Paulo, somos iguais a todos os outros. Iguais em capacidade de vir a ser. As potencialidades estão dentro de nós, em todos, sem exceção. Então, fique claro: nossos atoleiros na vida só têm um culpado, culpada: nós. Chega de auto-enganações.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.