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Ele não acorda – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

10/02/2025 - 08:02

Ontem fiquei pensando, pensando outra vez, já não sei quantas vezes esse assunto me passou pela cabeça e quantas vezes o empurrei para o amanhã. Antes de abrir a janela da nossa conversa, leitora, leitor, preciso lembrar que todo santo dia, faça chuva, faça sol, faço minha caminhada de 55 minutos. Por que 55 e não uma hora? Não sei bem, talvez a resposta esteja no meu “TOC” existencial, tenho muito disso. Para alguns amigos isso é exemplo de disciplina, para outros é loucura… Seja como for, 55 minutos todos os dias. E todos os dias com fones nos ouvidos, ouvindo um palestrante americano, afinal, quem não pratica recua, é preciso apurar a audição, entender, de outro modo o inglês vai ficando mais difícil, afinal, que não sabe que a repetição é a mãe do aprendizado? Pronto, já fui longe. A questão é que todos os dias, de um modo ou de outro, ouço alguém falando sobre a importância do desapego. O apego vai nos tirando a liberdade, impedindo que vivamos novas experiências e, sobretudo, nos atolando numa vida reta, sem as curvas das novidades. E na palestra de ontem, pela enésima vez, ouvi novamente alguém dizer que os nossos desapegos bem que podem começar nos roupeiros, nas nossas gavetas, nas coisas, enfim, que nem lembramos mais que existem. Pura verdade. Tenho camisas, por exemplo, do tempo de Pedro Alvarez Cabral, camisas que não uso mais, mas… Que ficam no guarda-roupa, vai que eu precise usá-las ou queira usá-las. Só que não as uso há muito tempo, então, por que não passá-las adiantes ou jogá-las no lixo? Apego. Um apego idiota, estúpido, porém vá dizer isso à minha cabeça “entulhada”. Vale para muitas coisas que guardamos e que não nos servem para mais nada, que foram aposentadas, mas… Continuam guardadas, vai que… Sim, mas o pior dos lixos, os que estão em nossa cabeça, por que não jogá-los fora também? Apego. Valores inúteis, esperanças tolas, apegos a valores que já foram mandados passear faz tempo, mas que continuam a inquietar-nos. Como dizem os americanos – detachment – (desapegar, desapego) faz bem a saúde, à vida, mas, queiramos ou não, todos temos essas lixeiras em nossas vidas. O nosso gari interno precisa acordar. Prrimmm, mas o meu gari não acorda…

BULLYING

Informações de todo tipo nos fazem saber que o bullying nas escolas em 2024 foi preocupante. Fora de controle! Fora de controle? Sim, pela falta de educação familiar por parte dos papais e mamães, omissos da modernidade, e pela frouxidão das escolas em puxar as rédeas dos vagabundos “bulistas”. Havendo educação caseira e certeza de que no colégio ninguém vai pintar e bordar, ah, as coisas mudam. Regime das escolas cívico-militares faz bem para a tosse…

ELAS

Incrível, dizer que jovens sofrem de solidão é de arrepiar. Chegamos ao ponto de multiplicar-se pelo mundo grupos de pessoas que buscam amizades, amizades, não “amorecos” de redes sociais. Um desses grupos, uma explosão, foi o criado pela britânica Khiefa Gabbidon, 22 anos, de Birminghan. Ela criou o “Space for Girls”, espaço para garotas, uma rede, um site, só para mulheres que vivem em solidão. Um sucesso explosivo. Pudera, muitos hoje consideram “seguidores” como amigos. Ingênuos. Ksss, Khiefa!

FALTA DIZER

Li uma baita bobagem divulgada por “cientistas” brasileiros. A manchete dessa bobagem é esta: – “Baixa escolaridade é principal fator de risco para demência no Brasil, mostra estudo inédito”. Conheço analfabetos velhos e felizes da vida e ricaços e intelectuais roendo os cotovelos… Saúde mental não precisa de diplomas.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.