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Ela e eles

Por: Luiz Carlos Prates

23/09/2016 - 04:09

Vou falar dela, e eles entrarão no reboque. Tomara que ela me esteja “ouvindo” agora, tomara. Ela está muito longe daqui. É uma colega minha, jovem, bonitinha (e se eu disser mais ela pode ficar muito vaidosa), formada em nível superior, boas idéias, uma garota que bem poderia ser o que quisesse por aqui. Mas ela se mandou… Foi para a Europa, para um país sisudo, avesso a estrangeiros (sei bem), um país pouco simpático, pronto. Se disser mais, matam a charada. Fiquemos assim.

E por que essa minha colega foi embora? Ah, ela queria experiências internacionais, queria aprender a língua desse país… Queria, enfim, voltar afiada ao Brasil. Coitadinha, que falta de bússola. Como eu gostaria que ela estivesse me “ouvindo” agora, mas acho que está…

Sim, mas o que ela foi fazer nesse tal país? Veja a estultícia foi cuidar de duas crianças numa casa de família, quer dizer, foi ser empregada doméstica, que outro nome posso dar a essa “experiência”? E assim como ela, centenas de outros, garotas e rapazes que em casa não arrumam a cama, não fritam um ovo, nada, tudo é a mamãe… E aí vão para o outro lado do mundo limpar cocheiras e cuidar de crianças? E se digo limpar cocheiras é porque conheço o caso de alguns abobados que foram para “estágios” em casas de família no Texas – EUA – e levantam às 4 da manhã para limpar as cocheiras. Trouxas.

O que quero dizer é que se alguém tiver intenções de estudar, aprender um idioma, quiser trabalhar e crescer só tem um lugar no mapa do mundo: O Brasil. Com vontade e vergonha na cara ninguém precisa voar para longe para ser alguma coisa, e mais ainda sair daqui para trocar fraldas sujas de gente estranha.
Conheço “multidões” de fujões, aqui mesmo de Santa Catarina, que vão para o exterior limpar balcões, lavar panelas, cuidar de crianças sujas e que aqui, em casa, na sua terra, não trocam a fronha do travesseiro. Trouxas.

Volto à ênfase. A Europa está quebrada, o povo é mal-educado, nada do que eles têm de bom por lá nós temos de menos por aqui. É aqui que se pode estudar, trabalhar, crescer, chegar onde se bem imagina e sonha… Mas é claro, a pessoa precisa ter a mesma “disposição” aqui dentro que terá ou teria lá fora.
Tu ouviste bem, colega? Gosto muito de ti. Para de te enganar e volta para casa, chega de fugir.

GENTINHA

Toda vez que elogio a Anita, a cantora, inteligente, empresária de sucesso, moralmente inatacável, sou bombardeado por críticas. Ah, que vão coçar a inveja num arame farpado, invejosos. Vai firme Anita, estou na plateia te aplaudindo!

FALTA DIZER

No Brasil você pode crescer, chegar onde sonhar, mas vai ter que remar contra a maré dos pessimistas, dos invejosos, dos que ficam colorindo livros e não se coçam para o ser. Multidões…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.