Santa Catarina tem hoje a segunda menor taxa de analfabetismo do Brasil. Um resultado que traduz décadas de investimento em escolas, qualificação de professores e valorização da cultura do aprendizado. Em uma sociedade que busca desenvolvimento pleno, o domínio da leitura e da escrita é muito mais do que uma habilidade técnica, é a chave para a liberdade individual, para a autonomia de pensamento e para a participação efetiva na sociedade.
Um cidadão que lê, interpreta e questiona é capaz de compreender seus direitos, fiscalizar governos e fazer escolhas conscientes, tornando-se protagonista de seu destino e não mero espectador dos rumos do país.
A relevância desse indicador ultrapassa fronteiras econômicas. Sociedades que apostam firmemente em educação demonstram que o conhecimento não ameaça, mas fortalece a democracia. No entanto, ainda persiste em muitas realidades o receio de que uma população esclarecida seja menos submissa às conveniências políticas. Esse medo trava avanços e perpetua desigualdades, pois a educação liberta, e a liberdade assusta quem prefere controlar e perpetuar o poder pelo poder.
Santa Catarina, ao alcançar esse patamar, mostra que é possível vencer tais barreiras. O desafio agora é manter o compromisso: ampliar a qualidade do ensino, enfrentar novas formas de exclusão digital e garantir que cada geração avance além da anterior. Uma sociedade realmente desenvolvida é aquela em que o saber é patrimônio coletivo, e não privilégio de poucos. Educar não é gasto, é investimento no futuro. É um ato de coragem e sabedoria política.