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Candidato a prefeito de Guaramirim Fernando Santer confia na experiência do setor privado para administrar o público

Fernando Santer é candidato a prefeito em Guaramirim na chapa do MDB e PSDB | Foto: Áurea Arendartchuk

Por: Áurea Arendartchuk

15/10/2020 - 06:10

A Coluna Plenário inicia nesta quinta-feira (15) mais uma série de entrevistas com os candidatos a prefeito.

Agora é a vez dos postulantes à Prefeitura de Guaramirim. A série começa pelo candidato Fernando Santer (MDB) nesta quinta-feira, segue com o candidato a reeleição Luís Antônio Chiodini (PP) na sexta-feira e encerra com Ramon Castro (PATRIOTA) no sábado.

Empresário, Fernando da Silva, mais conhecido por Fernando Santer, concorre pela primeira vez e tem como vice o advogado Mário Sérgio Peixer Filho (PSDB) pela coligação “Guaramirim pode mais”.

Confira a entrevista:

Plenário – A dobradinha de um candidato empresário com um vice que já atuou na área pública é uma aposta que pode dar certo? Por que?

Tenho certeza que é uma parceria que vai dar muito certo. Eu entendo muito de gestão, sou um empresário de sucesso, comando uma das maiores construtoras do Estado [Santer] que está com 12 anos e o Mário Sérgio é reitor na Faculdade Uniasselvi, advogado, foi procurador e assessorou na Amvali.

É a experiência dos dois lados que pode ajudar muito e isto faz a diferença para uma futura gestão. Também destaco aqui que o prefeito de Jaraguá do Sul Antídio Lunelli foi uma das pessoas que mais me incentivou a entrar na política e, eu sendo eleito, terei ele como um dos meus conselheiros de governo.

Plenário – Como está sua campanha agora que já se passaram duas semanas desde que a propaganda eleitoral foi autorizada?

Essa caminhada iniciou com um pouco de restrições no período pré-eleitoral, mas agora com a campanha em andamento, foi possível ir para os bairros, fazer visitas e sentir a dificuldade que as pessoas têm. A campanha está tomando uma proporção muito boa.

Notamos que naturalmente a população está aderindo. As pessoas estão nos convidando para mostrarmos nossas propostas. Já as redes sociais são um grande meio de comunicação para levarmos nossas propostas à toda população.

Em uma campanha de só 45 dias, a gente não consegue a chegar na maioria e as redes sociais nos ajudam a democratizar essa comunicação e atingir muito mais gente.

Plenário – O que o senhor destaca em seu plano de governo para Guaramirim?

Temos muito a propor por Guaramirim. Pretendo fazer em quatro anos o que se faria em 16. Dentre os principais pontos está a questão das enxurradas no município que acontecem pelo menos 7 a 8 vezes no ano e precisamos resolver esse problema.

Sei o que fazer e onde buscar o dinheiro e com as técnicas da engenharia e recursos, pretendemos resolver isso por meio de apoio governamental do PL, MDB, PSDB, em Brasília.

Na questão administrativa, não tenho vergonha de dizer que pretendo copiar algumas ideias do Antídio [Lunelli] de Jaraguá para aplicar em Guaramirim. Uma administração tão boa também pode ser referência para nós.

Sobre a educação, temos como prioridade a distribuição de material e uniforme escolar para as crianças. Tem uma parte da população que é muito carente em Guaramirim. Em torno de 33% ganha até dois salários mínimos e as famílias precisam dessa ajuda.

Também pretendemos abrir mais vagas em creches, por meio da compra em estabelecimentos particulares e assim resolver o problema da fila de espera.

Na saúde, pretendemos criar um centro para atender a mulher e a criança com exames e especialistas exclusivos para estes dois públicos.

Guaramirim também está pedindo muito por lazer. E para isso pretendemos fazer um centro multiuso ao lado do campo do Seleto [entrada da cidade] com playground, concha acústica, academia ao ar livre, para que o espaço possa ser utilizado da criança ao vovô. Também pretendemos incentivar o esporte em todas as modalidades e instalar áreas de lazer nos bairros para que toda a família possa usar.

Vamos dar atenção para a Autarquia Águas de Guaramirim. Acabar com o problema da falta de água constante. É preciso mexer desde a parte de encanamento que é muito antigo, até a questão da captação. Toda a sujeira de outras cidades para no rio da nossa cidade.

Temos cachoeiras que podemos captar a água e abastecer a população com qualidade e também construir mais reservatórios para garantir o abastecimento, principalmente no verão.

Outra proposta é fortificar o programa de pavimentação nos bairros, além da implantar ciclofaixas e ciclovias no município.

Plenário – Caso eleito, qual será o seu compromisso com os partidos que apoiam sua campanha e a formação da sua equipe?

Um fator muito importante para fazer obras e investir em todas áreas é ter dinheiro e isso se faz com economia. Pretendemos diminuir os cargos comissionados e o número de secretarias na Prefeitura. Queremos reduzir pela metade as 14 secretarias hoje existentes.

Pretendemos otimizar o setor de compras da Prefeitura gastando menos, como funciona no setor privado. Hoje estamos com três partidos na nossa coligação [MDB, PSDB e PL] e já deixamos claro que vamos colocar na administração pessoas que tenham conhecimento técnico e também pretendemos dar prioridade para os servidores de carreira.

Tem muito funcionário público bom e que gosta de trabalhar, só uma minoria é que não gosta. Isso é o trabalho de um gestor. Com essas medidas pretendemos fazer uma economia de R$ 120 milhões dentro da Prefeitura em quatro anos.

Plenário – O que o senhor acha que a população de Guaramirim espera do futuro gestor do Município?

As pessoas esperam um exemplo do gestor público com medidas de economia, administração e investimentos em áreas prioritárias como a saúde e educação.

Também diminuir cargos excessivos. Pretendemos buscar mais empresas para a cidade para aumentar o número de empregos e principalmente melhorar a qualidade da mão de obra oferecida.

Não tem como mudar a política, se não tratar ela de forma diferente. Esta semana vou registrar em cartório que pretendo abrir mão do salário de prefeito e que não vou à reeleição. Pretendo encaminhar esse valor [hoje em torno de R$ 22 mil por mês] para projetos sociais, entidades, segurança pública, doação de alimentos para alguma comunidade carente.

Em quatro anos de mandato daria cerca de R$ 1 milhão. Eu não preciso desse valor e não tem nada de mal o gestor receber salário, mas eu quero abdicar.

 

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Áurea Arendartchuk

Jornalista com mais de 20 anos de experiência, atuei como repórter, colunista, editora e assessora de imprensa.