E se fosse hoje? – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

30/06/2023 - 06:06

Sim, essa é a pergunta que me tira o sono, e se fosse hoje? Vou falar de um assunto centenário, o afundamento do Titanic. Penso que todos já viram o filme ou escutaram de tudo um pouco sobre o afundamento desse navio histórico. Um afundamento na viagem de inauguração do navio é mesmo coisa tétrica e para a História. Vamos lá. Os relatos históricos contam que o navio tinha 2250 passageiros, tripulantes juntos. O que me deixa coçando a orelha é saber que havia tantos homens quanto mulheres a bordo, pessoas viajando por todas as razões, não apenas por lazer ou exibicionismo dos ricos. E dos 1500 mortos, dados oficiais, 110 era mulheres e 52 crianças. O interessante é que os sobreviventes do Titanic contam que tão pronto o navio começou a afundar, os comandantes gritavam a ordens de – “Primeiro as mulheres e as crianças”. Mulheres e crianças deviam ter prioridade para saltar sobre os botes salva-vidas. E segundo o relato dos sobreviventes isso foi obedecido, pelo menos pelo que se sabe. Aqui, agora, sorvendo meu chimarrão, fico pensando: e se fosse hoje? Será que os “homens” ouviriam, obedeceriam ao grito de comando “primeiro as mulheres e as crianças”? Duvido, duvido mesmo. Imagine, o mundo que conhecemos, com homens surrando, desrespeitando de todo jeito e matando mulheres iriam ficar esperando por um bote para salvar suas vidas? Aposto que não. Pelo menos é o que se vê por aí, em todos os degraus sociais. Aliás, os mais metidos, os tortos existenciais, surram mais “suas” mulheres quanto mais rútilo lhes é o diploma na parede, a função social que exercem ou o dinheiro que venham a ter no banco. Cavalheirismo, educação, respeito, ética e por aí são palavras em extinção no vocabulário dos homens de maioria. Salvam-se as exceções. Claro, dizendo isso, a tropa toda levanta o dedo, são exceções… No Titanic, pelos números conhecidos, pelo grito de comando que foi dado, parece que os tempos eram mesmo outros. Bom, para terminar a conversa enjoada, leitora, já foi dito que uma pessoa educada é aquela que estando sozinha, numa sala escura, ao bocejar leva a mão à boca, tapando-a. Aqui entre nós, conseguimos ver até a epiglote dos que bocejam, tanto escancaram a boca. Titanic? Lições…

INGNORÂNCIA

Muito se andou falando sobre os “mercenários” que fingiram atacar a Rússia, fingiram… Pois é, mas a grande imprensa (grande?) não falou sobre o que significa ser um mercenário. São caras que se acham guerreiros, são vagabundos que saem por aí matando com ferro e fogo gente que eles nem conhecem. “Lutam” só por dinheiro, fazem o negócio com quem quer que lhes paguem pelas atrocidades. Isso tinha que ter sido gritado pela “grande” imprensa. Não foi. Cabotinos!

VERDADE

Em todas as rodadas dos nossos campeonatos de futebol, brigas, depredações, anarquias e crimes de todo tipo. Será pela derrota eventual do time dos arruaceiros? Claro que não, são homúnculos frustrados, impotentes, vazios existenciais, desrespeitosos das mulheres, indolentes no trabalho, caras, enfim, sem visão de futuro, pelos nadas que são. Pegar esses caras e ferrá-los adequadamente. Sem a atenuante de agirem sob a violenta emoção das derrotas. Na “minha” delegacia eles têm o que “ganhar”, ô… Pilantras.

FALTA DIZER

Virou moda os babacas, de “doutores” a tiktokers, influenciadores de nada, andar por aí falando de suas vidas sexuais. Claro, só contam as boas, mas… Freud, e muitos outros antes dele, deixou muito claro que em questões sexuais todos mentem, todos. Todos mentem. Todos. Mais uma vez? Todos mentem…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.