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É preciso valorizar as pessoas antes de sua morte – Leia a coluna do Prates desta quarta-feira (17)

Por: Luiz Carlos Prates

17/06/2020 - 06:06 - Atualizada em: 24/06/2020 - 15:05

O assunto poderá parecer mórbido, não o será, e por isso lhe peço que não vire página antes de me ouvir. É uma conversa para pensar…

Já disse aqui que costumo, de há muito, ler obituários. Quando digo isso, muitos por perto eriçam os cabelos e me olham atravessados. Dou-lhes o desconto dos medos, das inseguranças e até, vá lá, da ignorância. Afinal, vida e morte são irmãos gêmeos, nascem juntos.

Fiz psicologia por paixão a essa filosofia humana, psicologia não é ciência, nunca o será, afinal, ciência lida com os exatos e psicologia lida com as “possibilidades” humanas, e essas serão sempre elásticas.

Como disse, leio obituários, quero testar a “minha” psicologia. Leio para buscar três informações: do que morreu a pessoa, que idade ela tinha e o que ela fazia na vida.

Impressionante as similitudes, posto que aparentemente haja grandes diferenças. E hoje, cada vez mais, a grande pergunta é: o que está acontecendo?

Todos os dias leio sobre algum suicídio de jovens, muito comum. Por que pôr fim à vida? Em alguns casos até se poderia entender, não é, todavia, o caso da maioria.

As pessoas estão “enlouquecendo” muito cedo, pessoas a necessitar de tratamento psiquiátrico, sem falar na já socialmente aceita dependência aos antidepressivos, aos psicotrópicos.

Pessoas jovens andam sofrendo de doenças claramente de ordem emocional, como a maioria dos cânceres. Por quê? Observando, por rapidamente que seja, pessoas aparentemente bem-sucedidas já lhes nota graves neuroses. Por quê? Desacertos com os costumes e modismos de hoje, por certo.

Hoje, ou você anda no tropel do rebanho, ou estará fora dele, e estar fora do rebanho dos modismos e ser marginal. – “Ah, essa não, não quero ser marginal, quero ser da boiada, do rebanho, das multidões que andam por aí”. Não se queixe, então.

Nos obituários, lê-se, sempre, elogios à pessoa morta. Era alegre, ajudava os outros, gostava de trabalhar, era isso, era aquilo, tudo de bom, enfim… Mas, morreu de doença que contradiz todas essas (falsas) informações, afinal, quem não sabe que para uma pessoa ser considerada ótima ela precisa ou morrer ou ir para longe?

Os fingimentos estão matando, as exigências de uma sociedade falsa e doente, em tudo, derrubam os mais fracos, maioria. E quem sobra? Os vilões, mentirosos, ruidosos, safados e, mais das vezes, “no poder”…

Saúde

Queres ter saúde e viver bem? Viva o desapego e o “nem-aí”. Desapego significa não se apegar ao que não tem valor existencial, diferente do estritamente necessário de que precisamos. O mais é lixo das vaidades, do correr atrás do vento…

E o “nem-aí” é para o que os outros dizem, pensam. Se formos decentes, o “nem-aí” é a melhor forma de viver. Mas cuidado, o “nem-aí” é também não ser ridículo… Maioria.

Cuidado

Dia destes, um comentarista de televisão disse que precisamos de uma sociedade que seja pluralista e tolerante. Cuidado, a palavra tolerante é muito vaga. A tolerância tem que ir até ali na esquina, não mais.

Dependendo do que se trate, negativo, nenhuma tolerância. Os abusados, safados, sempre se acham com direitos especiais, querem tolerância… Esses “na moita” sabem quando avançam o sinal. Ou na linha, cidadãos, ou “interrogatório”!

Falta dizer

Manchete – “PM prende em flagrante quatro suspeitos de arrombar caixas eletrônicos, no Rio”. “Suspeitos” em flagrante, como isso? Agora é assim. Canalhas criaram leis de proteção a bandidos, com e sem gravata.

Na “minha” delegacia, os arrombadores não são suspeitos, são bandidos. Ferro. E assim com os que metem a mão no dinheiro dos “respiradores”… Ferro, canalhas.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.