Além do impeachment e da condenação aos corruptos, o clima político instável instalado no Brasil sugere outras reflexões necessárias sobre o futuro do país. A tão esperada reforma política, que vem sendo negada pelos deputados federais e senadores no seu contexto mais amplo, deve ser também motivo de manifestações, se não agora imediatamente, logo após o desfecho do que vai acontecer com o governo Dilma Rousseff. E assim também com a reforma tributária.
Ou o país muda na base ou dentro de poucos anos veremos uma novela parecida com a Lava-Jato, cheia de mocinhos e bandidos como gostam os telespectadores, e continuaremos a reclamar que estamos entre as nações que mais paga imposto no mundo. Nossas escolas continuarão sucateadas e a corrupção continuará ditando as relações em Brasília. A queda da presidente pode trazer uma sensação de justiça, amenizar a crise política e de quebra melhorar a economia – o que não é pouca coisa-, mas não será capaz de mudar o Brasil. É ingenuidade pensar o contrário.
Nesse momento em que a sociedade clama por mudança é preciso aproveitar o ímpeto para planejar um futuro diferente, sem retrocessos. O que virá depois? A multidão que foi às ruas não quer só uma troca de cadeiras. Ao levantar a bandeira pela ética, por menos impostos, mais empregos, melhor educação e justiça, o brasileiro deixa claro que quer e merece mais.
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Lei dos Correios aprovada
De autoria do presidente do Procon, Luis Fernando Almeida (PP), a lei que estipula entre 20 e 40 minutos o máximo de tempo de espera para atendimento nas agências dos Correios foi aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores. Hoje, a espera pode chegar a duas horas e meia. O texto ainda passará por segunda votação antes de ser sancionado pelo prefeito Dieter Janssen (PP). Depois disso, os Correios terão 60 dias para se ajustar. Almeida deve enviar na próxima semana outro importante projeto á Câmara, que obriga as revendedoras de automóveis a conceder um atestado de procedência e quilometragem para evitar adulterações.
RELEMBRE
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Reajuste dos servidores
Sem definição no encontro de ontem, o prefeito Dieter Janssen deve apresentar uma proposta de reajuste aos servidores na próxima segunda-feira. À noite do mesmo dia, a categoria realiza assembleia geral. E na terça-feira, o presidente do Sinsep, Luís César Schorner, vai à Câmara para falar da campanha salarial e sobre o projeto que prevê a redução das gratificações em 50%.
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Foram quatro
A janela para troca de partidos aprovada no ano passado pelo Congresso virou a Câmara de Vereadores de ponta cabeça. Até agora, dos 11 parlamentares, quatro já mudaram de galho.
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