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Duvidar faz bem – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

11/06/2024 - 07:06

São Tomé, um dos ditos discípulos de Cristo, pagava para ver, ele não acreditava no que lhe contavam, queria provas. Tomé tinha que estar hoje aqui entre nós, ele seria Ministro das Verdades, um ministério indispensável nos dias por que passamos. A mentira está num diuturno plantão . Não tem cabimento um parvo, um desinformado ouvir de alguém uma “novidade” e nela acreditar sem provas, sem pagar para ver. Tanto isso é verdade que foi criada a expressão fakenews, e os tolos, maioria escandalosa, acreditam no que ouvem sem duvidar, acreditam e saem por aí a empurrar as fakenews goela abaixo dos outros tontos como eles. Hoje, temos que duvidar até da nossa sombra, será que essa sombra e minha mesmo? Bom, tem que diga que a Terra é quadrada… O maridão chegou contando por que se atrasou… É ouvi-lo e ficar com a pulga atrás da orelha. Acreditar sem piscar é risco muito elevado… Desconfiar, duvidar, provar e provar de novo é o alicerce da ciência. A ciência não se atira garantindo coisas que não estão comprovadas. Faz bem para a tosse ter esse credo. E dizer o que dos políticos prometedores? Pagar para ver e se não houver mais tarde a prova, a realização das outrora promessas, pegar o relho, o relho de uma reação. No mole não pode ficar. Estamos vivendo um momento bem diferente dos momentos passados quando um fio de bigode era prova, prova falsa, mais das vezes, mas prova para os que acreditavam em seus vovôs… Claro que era uma baita mentira dos vovôs que faziam filhos e mais filhos, não respeitavam a mulher e pulavam a cerca quase todas as noites, quando saiam dizendo que iam jogar truco… Sei bem onde eles iam jogar o “truco”, sei bem. Mas as esposas, coitadas, amedrontadas e subalternas, tinham que ficar quietas, acreditando nas fakes de seus “amores”… Aliás, as escolas, claro, depois das mães e dos pais das crianças, têm que falar sobre isso, têm que ensinar sobre a importância da dúvida e da indispensável leitura de jornais, livros. Ouvir radiojornalismo e assistir a telejornais bem conceituados. Tudo indispensável para matar a pulga das incertezas. Os canalhas das fakenews estão soltos, livres, vinculados sempre ou às suas insanidades ou a seus credos políticos canalhas. “Relho”…

EDUCAÇÃO

As escolas hoje passam conteúdos para uma futura graduação, um diploma, mais nada. Quem tem que ensinar ética e bons encaminhamentos na vida são os pais. Mas… Sabe-se que esperar por eles é esperar pelo nada… Os pais-cio andam muito “ocupados”. Preparar os filhos para uma vida emocionalmente equilibrada, tanto quanto possível, é omissão dos pais de hoje. Dizer às crianças, por exemplo, não esperar por uma crise para descobrir o que lhes é importante na vida. Prevenir, enfim, é melhor que remediar. Falam disso, os papais?

FALASTRONA

Às vezes mando a minha caixa de frases fechar a boca, mas ela não cala. Ela acabou de me lembrar de uma frase de Hubert Humphrey, vice-presidente americano (1963/1969), que disse: – “É verdade que há vários idiotas no Congresso, mas os idiotas constituem boa parte da população e devem estar bem representados”. Volta, Hubert, reencarna e vem fazer um discurso em Brasília…!

FALTA DIZER

A ignorância populariza os venenos da vida. Pessoas e mais pessoas querendo resolver suas encrencas existenciais com remédios psicotrópicos. Cada vez mais pessoas danando a saúde ou mesmo morrendo por tomar remédios para dormir. Não o façam, vão morrer mais cedo. Anestesiar-se não é dormir. Coragem é o remédio.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.