Após anos de expectativas e promessas não cumpridas, a região Norte do Estado de Santa Catarina, um dos polos produtivos mais vitais do Brasil, tem testemunhado e vivenciado um verdadeiro “caminho do calvário” na duplicação da BR-280. Após intensas cobranças de nossos representantes públicos locais, chegamos na liberação da passagem superior do viaduto em Guaramirim.
Pode-se dizer que decorrida uma prolongada letargia, esses poucos metros liberados significa um considerável avanço. Entretanto, não abranda a longeva negligência dos governos estaduais e federais em atender às demandas de infraestrutura essenciais para o nosso desenvolvimento regional.
Vale evidenciar que a BR-280 é mais do que uma rodovia; é uma artéria estratégica e crucial que alimenta a economia local e sustenta o fluxo de produção multisetorial de uma região que tem sido um motor para a economia catarinense. A duplicação dessa rodovia foi outrora anunciada como uma solução urgente para os problemas de tráfego intenso e acidentes frequentes que seguem marcando seu trajeto. No entanto, a realidade tem sido uma série de inícios e paralisações que frustraram empresários, trabalhadores e a população em geral. A região Norte de Santa Catarina merece mais. Merece uma atenção equivalente à sua contribuição para os cofres estadual e nacional.
As cobranças incisivas de nossos representantes públicos, que finalmente resultaram na liberação de uma parte da obra, são justificadas e devem continuar com ainda mais vigor. É necessário que haja um compromisso real e perene dos governos estadual e federal para a conclusão total dessa obra.
Esse compromisso deve transcender os interesses políticos partidários, afinal, a infraestrutura não é apenas uma questão de mobilidade; é um vetor fundamental de desenvolvimento econômico e social, onde todos se beneficiam. Portanto, cabe às autoridades eleitas não apenas celebrar pequenas vitórias, mas reforçar seus esforços e garantir que o projeto da BR-280 não seja mais um símbolo de descaso, mas um exemplo de sucesso em administração pública. Nossa região tem pressa e não pode ser tratada como uma área secundária, como sempre aconteceu. Merecemos prioridade e celeridade.