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Dr. Vicente alerta para baixa adesão na vacinação contra a pólio e cobra ações

Foto: Divulgação/Dive

Por: Áurea Arendartchuk

20/06/2024 - 06:06

A campanha de vacinação contra a poliomielite, doença também conhecida como paralisia infantil, atingiu apenas 38,8% da meta em Santa Catarina. Do público-alvo formado por 388,2 mil crianças entre 1 e 4 anos, apenas 150,7 mil tomaram a dose de reforço da vacina que é oral.

Segundo o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), que também é vice-presidente da Comissão de Saúde da Alesc, trata-se de uma situação que preocupa muito. “As campanhas de imunização têm registrado queda nos últimos anos, mas esse resultado é um desastre. Não podemos permitir que uma doença erradicada volte a assombrar”, destacou.

Para o parlamentar, o dado reflete o resultado de outras campanhas de imunização, como a da influenza ou a da dengue, que também ficaram bem abaixo da meta. Ele salienta que se Santa Catariana não registra casos de poliomielite desde 1989, esse fato se deve ao altos índices de vacinação, algo que não vem ocorrendo mais. “A última vez que a meta de 95% de cobertura vacinal foi atingida ocorreu em 2017. Na campanha deste ano teve município de grande porte, como Blumenau, em que a vacinação atingiu apenas 24%”, explicou.

Caropreso alerta que a desinformação abalou a confiança da população na imunização e que muitas pessoas são influenciadas por informações falsas em relação à segurança e eficácia das vacinas.

Para reverter essa tendência, é crucial implementar estratégias urgentes e eficazes de comunicação e educação pelo governos municipais, estaduais e federal , apontou o deputado.
Embora a campanha tenha encerrado, o imunizante contra a paralisia infantil segue à disposição nos postos de saúde para crianças com menos de 5 anos que estejam com a caderneta de vacinação em atraso.

Projeto de lei permite que pais proibam participação dos filhos em atividades de gênero

A Comissão de Finanças e Tributação da Alesc apresentou parecer favorável ao Projeto de Lei da deputada Ana Campagnolo (PL), que assegura aos pais e responsáveis o direito de vetar a participação dos filhos e tutelados em atividades pedagógicas de gênero nas instituições de ensino de SC. O texto define atividades pedagógicas de gênero como aquelas que abordam temas relacionados à identidade de gênero, orientação sexual, diversidade sexual, igualdade de gênero e outros assuntos similares.

Ainda de acordo com a proposta, as instituições de ensino, das redes pública e privada, deverão informar aos pais ou responsáveis do estudante sobre quaisquer atividades neste sentido programadas para ocorrer. Em caso de descumprimento do disposto, estão previstas penalidades, que vão de advertência por escrito à multa entre R$ 1 mil e R$ 10 mil, e também a cassação da autorização de funcionamento da instituição de ensino.

O texto segue em análise nas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; e de Educação, Cultura e Desporto.

 

Falta em consultas

Ainda sobre o assunto saúde, a Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul discutiu com indignação a alta taxa de faltas em consultas na Rede Pública de Saúde do município em sessão esta semana. O tema também foi abordado em matéria publicada pelo OCP na terça-feira (18). Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde, das mais de 200 mil consultas realizadas em 2023, mais de 18 mil pacientes faltaram sem aviso prévio. Este número inclui consultas médicas, de enfermagem, odontológicas, entre outras.

Atendimento

Foi ressaltado durante a reunião que muitas reclamações chegam aos parlamentares sobre a falta de médicos, de enfermeiros, e de que o atendimento seria ruim. Mas os vereadores destacaram que as pessoas também precisam fazer a sua parte. Muitos ficam sem atendimento porque outros não foram às consultas.

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Áurea Arendartchuk

Jornalista com mais de 20 anos de experiência, atuei como repórter, colunista, editora e assessora de imprensa.