Amanhã, 27 de setembro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Doação de Órgãos, uma data de extrema importância e significado para os milhares de pacientes que aguardam por um transplante, bem como, para toda a sociedade. Um momento de reflexão sobre o poder do altruísmo e a generosidade que podem transformar a dor da perda em uma nova chance de vida para quem luta contra doenças graves.
O grande sentido da doação está em retratar o desejo de contribuir para a vida de outros, perpetuando a esperança. Segundo especialistas, cada doador pode salvar até oito vidas, impactando diretamente famílias inteiras. Porém, apesar da relevância e do simbolismo deste gesto, a realidade brasileira ainda enfrenta desafios para que a doação seja amplamente reconhecida e praticada.
Dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) mostram que, embora o Brasil tenha o maior programa público de transplantes do mundo, ainda há um caminho longo a percorrer. Um dos principais entraves é a recusa familiar. Muitas vezes, a falta de esclarecimento, ou o choque emocional no momento da perda, impedem que familiares autorizem a doação. Com isso, mais de 40% das famílias negam a doação, resultando em uma longa fila de espera. Significa mais de 50 mil pessoas aguardando por um transplante, ou, pela generosidade do próximo, como o final feliz recentemente ocorrido com uma paciente corupaense, com ampla repercussão. Por isso, a sociedade precisa promover diálogos abertos e informativos, desmistificando a doação de órgãos e tornando o tema parte das conversas familiares.
A conscientização, aliada a informação, é o primeiro passo para que mais vidas sejam salvas. Ao dizer sim à doação, estamos oferecendo uma nova chance de vida a desconhecidos, e deixando um legado de amor e solidariedade. Que o Dia Nacional da Doação de Órgãos inspire mais pessoas a se tornarem doadores, cultivando a nobreza de fazer o bem mesmo após a partida.