Estava mexendo no celular quando recebi uma foto minha mandada por uma amiga. Era eu, mas… Não era eu. Não na situação em que eu aparecia na foto. Eu estava num estádio, fones nos ouvidos, microfone na mão, um narrador de futebol como fui durante muitos anos. Só que a foto era uma montagem perfeitamente possível nos dias de hoje. Nunca estive naquele estádio. Essa possibilidade de enganar pessoas, claro que a amiga estava brincando, vai chegar ao ponto de não acreditarmos em mais nada senão pessoalmente. Mas tem uma coisa, esse “ruim” de agora vai ser o bom de amanhã, isto é, não acreditarmos em mais ninguém senão com provas cabais, certezas absolutas tanto quanto possível. Não tem cabimento que ainda hoje “milhões” de mulheres casem errado e não tenham tido um mínimo de desconfiança nesse casamento. Vai valer para os empregos. Contratações têm que ser pessoalmente, com entrevistas ao vivo, olho no olho, uma espécie de psicanálise. Sem essa de empresas aceitar currículos pela internet, isso é coisa de empresas pífias e “candidatos” desqualificados. Tudo tem que ser pessoalmente, uma conversa bem afiada, ouvidos e olhos atentos para evitar engodos. Hoje a pessoa pode receber fotos do marido ou da mulher fazendo sexo num motel e tudo não passar de fotos bem montadas. Quem recebe a foto fica tonto, tonta, será, será, será…? Tanto pode ser quanto pode não ser. E essa já é mais uma razão para ninguém amarrar o burrinho da vida na sombra do “já fiz, já tenho idade, ninguém me engana, não sou trouxa, não sou isso, não sou aquilo. Se a pessoa não se mantiver ativa, não ler o jornal da cidade ou da região todos os dias, se não ligar o rádio para escutar as notícias das últimas horas, se não ligar a tevê nos telejornais não terá saída. Vai ser tapeada por todos os poros. Acabou o tempo do “estou seguro”. Dia destes li sobre os rebus que ocorrem todos os dias em grandes condomínios, centenas de moradores que não se conhecem, gente, mais das vezes, estúpida, sem educação, prepotentes, barulhentos, gentalha, enfim, mas… Carrão na garagem e arrotos bem altos. Hoje, fechar o cadeado de um relacionamento exige sabedoria e atenção de um Buda…
VERBOS
Essa onda do Metanol vai passar, as enganações virão de outro modo, sem dúvida. Nesse meio tempo, já ouvi alguns camaradas dizendo que vão parar de beber. Será? Mas ainda não ouvi, e tenho usado cotonetes nos ouvidos, alguém dizer que vai parar de beber e começar a ler. Será que alguns vão trocar o verbo beber pelo verbo ler? Sem essa “revolução” a pessoinha não vai pra frente, ah, não vai…
BEBIDAS
Sou contra as bebidas? Não, absolutamente não. Mas é aquela coisa, a virtude está no meio. Um copo, tudo bem, não um “galão”, um copo atrás do outro é para os perdidos na vida. Claro que uma bebidinha faz bem para a alma, mas é o que já disse, tudo tem sua dose… O único “vício” que não deve ter limites é o da leitura. Um livro atrás do outro nos leva para a ONU da vida…
FALTA DIZER
Achou que vou mandar um e-mail para o Papa Leão XIV. Ouça: – “A partir de agora nos casamentos em igrejas católicas só serão permitidas músicas sacras”. Vale dizer, temas de filmes, novelas ou canções populares estão oficialmente proibidas. Que beleza, aplausos, Papa! Lugar de fuzuê é em motéis…