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Dinheiro não resolve – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

10/10/2025 - 07:10

Cresci ouvindo dizer que – prevenir é melhor que remediar. Vou consertar esse ditado: – prevenir é melhor que tentar remediar. Nem sempre as tentativas para consertar nossos desleixos ou irresponsabilidades passadas dão certo. Já contei aqui que saio todos os dias para dar uma caminhada de 55 minutos, chuva ou sol, todos os dias. E fones nos ouvidos para treinar meu inglês. Ouço palestrantes ou professores falando em inglês. Um desses camaradas atende pelo nome de AJ Hoge, você pode procurá-lo por esse nome na internet, ele é americano, mas agora vive no Japão, a mulher dele é japonesa. Se o AJ Hogue fosse brasileiro eu diria que a conversa dele que ouvi ontem era uma cópia do que vivo falando. O assunto era a pandemia que cresce, vai crescer e ficar fora de controle… A pandemia da solidão. Pessoas com 50 anos ou um pouco mais acham tolice essa conversa, porém… São pessoas muito próximas do desespero da solidão. Famílias cada vez menores, famílias brigadas, filhos longe ou nem aí e, pior de tudo, absoluta ausência de amigos. Amigos não são esses “maria-vai-com-as-outras que se dizem “seguidores” ou admiradores de redes sociais. Agora, imagine-se com 70 anos ou mais sozinha, sozinho, os amigos são aqueles meros passantes das ruas, oi, tudo bem? E nada mais. Uma velhice solitária não se resolve com dinheiro, dinheiro “compra” cuidadores, jamais corações ardentes e batendo na mesma freqüência nossa. Muitas pessoas ouvem esses avisos, concordam, dizem que é isso mesmo, mas não se dão conta de que vão envelhecer e não vão ter corações fraternos ao lado, não vão. E essa tragédia que já é hoje um horror para muito idosos, vai ficar cada vez pior. – “Ah, é verdade, Prates, tens razão, ainda bem que sou um pouco jovem, mas vou me preparar para essa possibilidade”! Muitos me dizem isso, só que nada fazem, não têm amigos, têm conhecidos, e apostam nos filhos. Essa aposta, nos filhos, é mais difícil de acertar do que ganhar na Mega-Sena sozinho. Cidades enormes, ninguém se conhece, famílias reduzidas ou brigadas, filhos cuidadores são mais raros que estrelas ao meio dia. É uma crise mundial, solidão e abandono. E fique mais uma vez bem claro, dinheiro não resolve o problema.

ENGANO

Ouço psicoterapeutas, leio de tudo um pouco nos jornais e não há contestação: estar nas redes sociais, ter seguidores ou (falsos) admiradores é um retumbante equívoco. Seguidores não são amigos, pessoas próximas, gente que nos segure a mão, nos dê um abraço, nos afague e nos diga olhando nos olhos: – Conta comigo! Nada disso. E por intuir essa verdade ou já tê-la testado em momentos difíceis é que muita gente anda ansiosa, depressiva ou pensando no pior. Que não seja por falta de aviso.

ENGANO

Dia destes, a Justiça do Chile absolveu um funcionário de uma empresa que recebeu no salário 980 mil a mais, por engano. O cara ganhava uma mixaria perto desse montante, todavia, pôs o dinheiro no bolso e gastou tudo. A empresa queria o dinheiro de volta, foi à Justiça e a “justiça” deu ganho de causa para o funcionário safado. Na minha empresa, ah, isso não ia ficar assim. Ô, se não ia…

FALTA DIZER

Engano de alguém pensar que todos sabem dos danos do Metanol em muitas bebidas que andam por aí… Só que esse desconhecimento fecha com a estupidez de muitos contra as vacinas. Grandes trapaceiros já gritaram para o Brasil ouvir que vacinas matam. A ignorância é um mal corrosivo…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.