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Dinheiro não é tudo – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

08/02/2025 - 08:02

Quando não temos algo sério sobre o que pensar, os pensamentos voam, mas voam, costumeiramente, para erros, carências e sofrimentos. Vem daí a importância de termos algo que nos seja um propósito na vida, algo que seja o nosso alimento da alma. Sem isso, vida vazia. Lembrei dessa verdade ao ler a história de um jovem inglês, 22 anos de idade, mas já com uma habilitação formal na área das engenharias. Esse sujeito, chamado James Clarkson, ganhou por estes dias um dinheirinho razoável numa loteria britânica, ganhou 7,5 milhões de libras, o equivalente a 56 milhões de reais. Um dinheiro “razoável”, não dá para se queixar… Numa entrevista, o garotão disse que esse dinheiro ganho na loteria lhe pode, sim, dar um jeito na vida, um bom jeito, mas… Que nem de longe ele pensa em parar de trabalhar. Ouvindo isso, fico pensando: quantos vadios espalhados pelo mundo não entrariam num “descanso” para sempre com esse dinheirinho no bolso? Alguém pode dizer: – “Ah, Prates, com esse “dinheirão” no bolso para que trabalhar, seria coisa de burro”! Muitos pensam assim, mas talvez nunca tenham pensado que o trabalho é a melhor das bênçãos da “finita” vida humana. De outro modo, sem o trabalho, o que faríamos diariamente? Uma coisa é sonhar com um dia de folga, alguns dias de férias, porém, férias eternas é o símbolo vivo do fogo do inferno. Entendamos por trabalho tudo o que nos ocupa a atenção, nos faz responsáveis e configura um propósito existencial. Aquela história infantil que alguns espertalhões inventaram, aquela do “comerás o pão com o suor do teu rosto”, era para obrigar pessoas indefesas a trabalhar, de preferência trabalho escravo. Tudo pensado. Os desempregados sabem bem da azia que significa não ter o que fazer, nada a produzir e, por isso, nada a colher. O capeta está na nova geração que anda por aí, na verdade jovens mal-educados pelos pais que querem o trabalho como um alongado recreio, com brincadeiras e ganhos elevados. Somos livres para escolher nosso trabalho ao longo da vida, somos livres para crescer ou estagnar, para ser ou não ser. Decisões pessoais, mas… Insisto, sem trabalho, sem realização pessoal por meio de um propósito continuado na vida não haverá vida, haverá uma sofrida sobrevivência, se tanto.

LEVIANDADE

Tenho alguns amigos nesse barco, mas vão me desculpar, é leviandade deles, para não dizer coisa pior. Ouça esta manchete catarinense: – “Vacina contra Covid-19 e Influenza foram as que mais foram perdidas, jogadas fora em Santa Catarina”. Vacinas criadas para salvar vidas, porém os “aéreos” (para não ofendê-los) falam mal das vacinas. Milhares de horas de pesquisas para salvar vidas, todavia, não vão salvar por ignorância dos aéreos. As empresas e as escolas têm que “exigir” certificados de vacinação. Ué!

PETS

Não gosto do nome “pets”, mas é como os engraçadinhos chamam seus bichos de (falsa) estimação, todos, porém, de “marcas”. Pegar um cachorro sem “marca”, ah, isso não, é preciso que o cachorro tenha uma “marca” para ser exibido pela família. Credo, que desprezo. A Xuxa, por exemplo, mostrou seus cachorrinhos por estes dias, todos de raça, imagina ter “vira-latas”, imagina. De fato, quem não se garante…

FALTA DIZER

Exibir carrões, mansões, viagens excêntricas, tudo isso é baita bobagem. Revelam os externos e não os internos das pessoas. As pessoas têm que se destacar pela educação, pelos bons modos, pelas leituras que têm na cabeça, pelas correções e conquistas pessoais, isso sim. O mais é vazio ou desespero.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.